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Comportamento

O que considerar quando se mora sozinho e quer ter um bichinho de estimação

Evelise Couto | 19/02/2015 06:23
Evelise e Raj.
Evelise e Raj.

Muitas pessoas que moram sozinhas tentam achar uma companhia para não se sentirem tão solitárias. Por isso, acabam logo pensando que arrumar um animalzinho de estimação pode ser uma ótima saída. De fato ajuda. Quantas vezes eu mesma me senti mais feliz ao chegar em casa e ser recebida pelo meu companheiro canino ao invés de me deparar com aquele silêncio peculiar de casa vazia.

As pesquisas que provam que os animais de estimação fazem bem também à saúde são inúmeras e não é novidade que uma casa com um bichinho é muito mais alegre. Eles são recomendados a pessoas que sofrem de depressão exatamente por serem uma boa companhia. Acariciar um animal de estimação tem efeito calmante e a responsabilidade de cuidar dele faz com que o indivíduo se sinta útil e importante, deixando de focar tanto em situações problemáticas e no fato de que se está sentindo sozinho. Trocando em miúdos, ter um pet alegra e relaxa. Ao meu ver, é tudo de bom!

No entanto, é necessário entender que isso implica muitas responsabilidades. A primeira coisa que se deve pensar é: “você está preparado para cuidar e se dedicar a um bichinho?” E aí, deve se considerar inclusive o fator financeiro! É preciso estar ciente de que seu orçamento deverá incluir gastos com ração, vacinas, banhos e outros cuidados especiais, inclusive imprevistos como doenças, por exemplo. Ninguém tem o direito de negligenciar a saúde de um ser que está sob a sua tutela. Tenha sempre isso em mente.

Além disso, você tem espaço ideal para um animal de estimação? Essa questão é importante. Quanto menor sua casa, mais se deve considerar a escolha do seu bichinho. Gatos são bons animais para espaços menores, bem como hamsters, coelhos ou peixes, mas todos têm cuidados muito específicos. Cachorros pequenos também podem viver em apartamentos, desde que se adote horários diários de passeios com eles, do contrário tendem a ficar doentes e até deprimidos, o que pode acarretar diversos outros problemas como queda dos pelos, por exemplo. Seja disciplinado. Se você não tomar essa responsabilidade para si, não tem mais ninguém em casa que possa fazer por você.

Ainda falando sobre espaços, para quem tem residência com quintal ou área externa, a situação melhora um pouco, assim seu cachorro terá onde gastar sua energia, o que significa muito menos bagunça em casa, como chinelos mordidos, móveis destruídos e outras estripulias que eles possam aprontar. Em apartamentos, nunca dispense telas protetoras. Elas são fundamentais para a segurança do seu pet.

Mas talvez o mais importante a se considerar é: você terá disposição emocional para ter um animal? Poderá, com isso, se dedicar a ele, não o deixando sozinho em casa ou sem atenção? Não deixe de pensar que seu parceirinho também vive só com você e que todo o centro da vidinha dessa criatura dependerá única e exclusivamente de você.

Se você respondeu "não" a algum dos questionamentos acima, reconsidere, repense, talvez não seja a hora certa. E se você se sente preparado, lembre-se de não ser egoísta e nem negligente, tenha o coração aberto e dê ao seu pet toda a alegria e carinho que ele trará ao seu dia a dia como retorno. Ele merece e sua vida vai parecer muito mais divertida, colorida e cheia de fofura.

E disso sei bem. Meu cachorro Raj me ensinou.

*Evelise Couto é jornalista, criou o blog Casa de Um e gosta tanto de animais que divide a casa com dois cachorros e uma tartaruga.

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