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Comportamento

Para fazer do real um mundo fantástico, cosplayers investem pesado em fantasias

Elverson Cardozo | 23/02/2015 07:27
O Batman, no flagra feito por Alcides Neto.
O Batman, no flagra feito por Alcides Neto.

A imagem do Batman caminhando entre os carros estacionados no pátio do Shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande, chamou atenção do fotógrafo do Campo Grande News, Alcides Neto. No impulso, ele só conseguiu trocar a lente fixa, mais “fechada”, por uma teleobjetiva, com alcance maior, e fotografou.

Como não houve tempo para ajustar a câmera, e muito menos para uma mudança de enquadramento, já que o homem-morcego se aproximava cada vez mais imponente, o registro saiu em contraluz.

Em uma reação previsível e natural, Alcides esbravejou, mas, no momento seguinte, percebeu que a foto havia saído melhor que o esperado e logo ficou feliz. Apesar de estar com o rosto oculto em meios às sombras da imagem, o Batman aqui retratado – e fotografado – causaria a mesma impressão se estivesse visível.

No estacionamento de um shopping, no meio de um domingo à tarde, a figura de um homem de preto, com máscara no rosto e com uma capa nas costas, só poderia lembrar cena de filme.

Concurso - Ontem (21), ele, o Batman, e vários outros personagens conhecidos dos filmes, séries, quadrinhos, animes e games, por exemplo, fizeram da realidade uma fantasia curiosa e, para quem gosta e admira, bonita de se ver.

Do lado de fora do Shopping, movimentação também chamava atenção. (Foto: Alcides Neto)
Do lado de fora do Shopping, movimentação também chamava atenção. (Foto: Alcides Neto)
Amigos encararam personagens do filme Avatar, mas de temporadas diferentes.
Amigos encararam personagens do filme Avatar, mas de temporadas diferentes.

O Bosque dos Ipês foi o local escolhido para mais um concurso de cosplay. A atração, que integrou a programação do 5º Campo Grande Game Show, reuniu muita gente apaixonada pela brincadeira.

Em encontros como esse, a diversão é garantida. Quem participa, e vai fantasiado, brinca, mas leva tudo a sério. Com um evento que abre espaço para os cosplayers, muitos tomam coragem e entram de cabeça nos mais variados personagens.

Se antes, em edições anteriores, algumas caracterizações eram visivelmente amadoras, hoje são bem mais elaboradas e chegam a impressionar. A do publicitário Luccas Bardelle, 21, não passou desapercebida.

O Coringa. Maquiagem é feita com gelatina incolor, entre outros produtos. (Foto: Alcides Neto)
O Coringa. Maquiagem é feita com gelatina incolor, entre outros produtos. (Foto: Alcides Neto)

Como faz desde os 11 anos, o rapaz apareceu vestido de Coringa. Ele arrancou elogios e, durante todo o tempo, foi procurado para tirar fotos. O reconhecimento agrada, mas tem seu preço. “Gasto de R$ 200,00 a R$ 300”, conta.

Fora isso, há o trabalho minucioso, do figurino à montagem, para deixar tudo perfeito. Só na maquiagem, feita com batom vermelho e gelatina incolor, entre outros produtos, foram 5 horas. Compensa? “Compensa porque o resultado é bacana”, responde.

A estudante de Arquitetura e Urbanismo Amanda Costa, de 18 anos, tem a mesma opinião porque se esforça como Luccas, mas para entrar na pele de Sona Fliperama, personagem do jogo LOL (League of Legends).

“Ela é uma suporte do jogo. Ajuda o atirador a ganhar rotas”, explica. Sona, prossegue, é muda, e usa o fliperama para soltar sons que, entre outras funções, dão vidas a aliados. Para interpretar a personagem, Amanda investiu na produção.

Amanda foi de "Sona Fliperama". (Foto: Alcides Neto)
Amanda foi de "Sona Fliperama". (Foto: Alcides Neto)

Com lente azul, peruca na mesma cor, saia rodada com fitas colidas e com um fliperama ao redor da barriga descoberta, ela chamou atenção, sendo uma das mais procuradas para fotos. É a segunda vez que a estudante participa do concurso.

“Da primeira eu fiz por brincadeira, porque falaram que eu era parecida. Agora eu tenho um compromisso com o público”, comenta.

Giovana Manfri como Arlequina, personagem, segundo ela, da versão mais recente do jogo do Batman. (Foto: Alcides Neto)
Giovana Manfri como Arlequina, personagem, segundo ela, da versão mais recente do jogo do Batman. (Foto: Alcides Neto)

O compromisso, desta vez, custou pelo menos R$ 150,00 com vários metros de cetim, para a confecção da fantasia, e com o par de lentes. O restante do material Amanda já tinha em casa.

A adolescente Giovana Manfri, de 17 anos, foi de Arlequina personagem, segundo ela, da versão do jogo do Batman mais recente. “Ela era a psiquiatra do Coringa, mas acabou se apaixonando por ele e amor doido fez ela ficar louca. Agora é uma assassina”, apresenta.

Giovana fez a roupa olhando referências da internet e com a ajuda da mãe, que costura. “Usei couro falso e malha, mas alguns detalhes ficaram faltando, como os cabelos, que são pretos. Eu não quis pintar”, conta.

Mais nova ainda, Paula Manuela, de 15 anos, se vestiu de boneca Sally, do “O estranho mundo de Jack”. “Eu sou fã. É um filme que passou na minha infância”, justifica.

Paula foi de boneca, a Sally, de "O estranho mundo de Jack". (Foto: Alcides Neto)
Paula foi de boneca, a Sally, de "O estranho mundo de Jack". (Foto: Alcides Neto)

O figurino foi ela mesma quem fez, costurando retalhos. A peruca também. “Fiz com lã. Comprei uns quatro rolos”, afirma. Tudo saiu em torno de R$ 120.

Paula adorou o resultado e também recebeu elogios. Ela “vestiu” tão bem a personagem que, nas fotos, se curvava para mostrar a timidez de Sally.

Sally, em pose tímida. (Foto: Alcides Neto)
Sally, em pose tímida. (Foto: Alcides Neto)

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