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Comportamento

Site é o primeiro em Campo Grande só para leitor gay

Anny Malagollini | 25/10/2012 14:38
Uma das fotos usadas para ilustrar matéria da Contexto G
Uma das fotos usadas para ilustrar matéria da Contexto G

O nome é bem claro: “Contexto G”, mas para quem ainda tem dúvidas, a capa do site é cabal ao exibir manchetes como “Campanha em prol da diversidade usa cores do arco-íris em camisetas”; “Seriados americanos batem recorde de personagens homossexuais neste ano”; “Implante de silicone: em nome da beleza, homens encaram o bisturi”.

É a primeira revista eletrônica gay pensada e executada em Campo Grande.

Uma das missões é mostrar que o “público gay não é promiscuo como muitos pensam”, diz o dono da ideia. Kleber Padovani de Souza, de 28 anos, é professor universitário do curso de Engenharia da Computação. Gay, ele resolveu colocar em prática uma vontade antiga.

“Eu ainda acho que as pessoas sempre associam os conteúdos gays de uma forma pejorativa. Além disso, eu sempre tive vontade de montar um empreendimento, e percebi que somos carentes de um produto como este”, justifica.

A sócia de Kleber também é professora, mas heterossexual.  Apareceu então o primeiro rastro do preconceito na dobradinha editorial. “Quando ela se envolveu com a revista, mesmo não sendo homossexual, as pessoas passaram a tratá-la de outra forma”, diz o editor da Contexto G.

A revista aborda assuntos como moda, esporte e saúde. Também tem colunistas que falam, inclusive, de temas que interessam ao público em geral.

A revista foi lançada no mês de setembro deste ano e o acesso ainda é de 150 pessoas em média ao dia. “O público tem elogiado bastante, interage com o conteúdo, mas ainda não temos a resposta como queríamos", comenta Kleber.

A Contexto G quer falar ao público gay, mas não só mostrar os eventos GLBT da cidade. Essa é uma das maiores dificuldades para fazer diferente. "As pessoas ainda são preconceituosas, por vergonha já pediram para retirar foto publicada no site”, comenta Kleber.

A equipe também circula por festas hetero, mas na hora de publicar a foto, sempre há confusão.

“Nós vamos a eventos e tiramos fotos, mas nem todas são de eventos gays ou de homossexuais, e as pessoas se abismam e falam: Nossa, não sabia que fulano era gay”, explica o editor.

A revista eletrônica é mantida com recursos dos donos, sem muita ansiedade para lucrar. “O retorno será mais para frente, quando nos consolidarmos”.

Fica a dica do editor “Todos são bem-vindos, independentemente de orientação sexual ou outra característica”.

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