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Consumo

Com pé do 45 ao 48, quem sofre sem achar sapatos dá dicas de como se virar

Anny Malagolini | 04/11/2013 06:25
Felipe Rodrigues, de 27 anos, calça do 45 ao 48. (Foto: Marcos Ermínio)
Felipe Rodrigues, de 27 anos, calça do 45 ao 48. (Foto: Marcos Ermínio)

Diferente da maioria das pessoas, que pode escolher os sapatos pelo modelo, quem tem os pés grandes acaba se contentando com o que sobra, tamanha é a dificuldade em encontrar tamanhos acima do 43 em Campo Grande. O jeito é encontrar fornecedores na internet ou saber exatamente o dia de entrega nas lojas.

Com 1,95 de altura, o coordenador de Engenharia, Felipe Rodrigues, de 27 anos, tem uma caracteristicas ainda mais diferente. Ele calça do 45 ao 48, dependendo da forma, e sabe bem que a indústria não é tão generosa com quem não está nos padrões, até mesmo dos pés.

Felipe conta que o "pezão" é um trauma da adolescência. Relembra que na hora do futebol, tinha que jogar descalço. “Nunca tive chuteira, nunca achei do meu número”, lamenta.

E as dificuldades de seguir o resto da turma continuaram. “Tênis da moda nunca tive”, conta Felipe, que aderiu aos tênis de basquete, que são em números maiores e mais fáceis de encontrar. “Usava só porque me servia, não porque era meu estilo”, explica.

Felipe diz que hoje os calçados em números maiores são encontrados com mais facilidade e com um preço mais em conta. Mas isso só é possível graças a internet, comenta. “Até em lojas que fazem modelo especial é difícil encontrar algo”, comenta quando o assunto é loja física em Campo Grande.

Poucos pares chegam nos números maiores. (Foto: Cleber Gellio)
Poucos pares chegam nos números maiores. (Foto: Cleber Gellio)

Para o bombeiro Fabrício de Lima Teixeira, de 24 anos, há uma dificuldade extra. O problema começa com o uniforme. Ele conta que o primeiro coturno foi um “achado”. A saga começou cedo, aos 14 anos já tinha o pé fora dos padrões brasileiros. Hoje calça entre os números 45 e 46.

As lojas convencionais até oferecem modelos com numeração maior, mas Fabrício afirma que é bem difícil encontrar, já que são poucos pares. "É preciso ter paciência". Tamanha é a deficiência, que agora já até sabe as datas de entrega de novas mercadorias nas lojas. “Cuido porque sei que é difícil encontrar e quando chega sai rápido”, justifica.

Na Capital, existe uma loja especializada no assunto, que fabrica modelos em números grandes, mas para Fabrício, mandar fazer um sob medida nunca foi uma opção. “Nunca mandei fazer, acho feio”, revela.

Além do calçado de trabalho, a sapateira se resume a poucos pares de tênis, um para sair e o outro para o dia a dia. “Quando o tênis começa a desgastar começa a saga para comprar”, reforça.

Uma das mais populares lojas de calçados da capital, a “Anita”, oferece números até o 48. Mas a variedade não é lá essas coisas. Quem usa números maiores tem que “correr” para comprar, já que há apenas 1 par por modelo de números grandes no tamanho 46 e 47. No 45, são dois.

Vendedor há dois anos, Jean Michel, acredita que hoje as opções de modelos em tamanhos grandes aumentou por que o número de clientes desse tipo de calçado também cresceu. Segundo ele, até os adolescentes estão calçando tamanhos a partir do 40. “As fábricas estão quebrando o mito e as grandes marcas já surgem com modelos grandes.”

O melhor caminho, segundo quem tem pé grande, é a compra pela internet. Pelo menos 3 sites são indicados. A loja virtual Net Shoes é a mais conhecida, apesar de não ser a melhor para numeração grande. Outra saída e o site da Adidas, com maior variedade.

Mas no Alex Shoes, além de atender homens que calçam até 50, inclusive com sapatos. também há opções para mulheres, do 40 ao 44.

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