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Diversão

Basta abandonar roteiros para encontrar um oásis no deserto com hotel por R$ 25

Lucas Arruda | 01/08/2015 07:35
Lucas encontrou um hotel em bairro no meio do deserto, como um oásis.
Lucas encontrou um hotel em bairro no meio do deserto, como um oásis.

Muita gente acha que sair para um mochilão sem um roteiro específico pode não dar muito certo, ainda mais quando você não sabe falar a língua do país que irá visitar.

Eu fui e vi que não é bem assim. Você acaba se virando, principalmente, com a ajuda das amizades que vai fazendo no caminho. Às vezes, até sai viajando com eles, como aconteceu comigo em algumas ocasiões.

Na primeira cidade que visitei no mochilão, Santa Cruz, conheci um casal suíço, Ira e Lukas, e já mudei meus planos de ir para La Paz. Acabei indo para Sucre, onde conheci o francês Thomas. Esses encontros resultaram numa viagem em conjunto por um mês pela Bolívia e em boas amizades (até me ligaram lá da Europa para me desejar feliz aniversário).

De Thomas me despedi em Copacabana, na Bolívia, e me separei de Ira e Lukas em Arequipa, no Peru.

Sítios incas gratuitos...
Sítios incas gratuitos...
em Ollantaytambo
em Ollantaytambo

Como contei semana passada, fui a Machu Picchu sozinho.

Voltando de lá, peguei uma van para Cuscoa. Cheguei no fim da manhã junto com alguns paraguaios que também tinham ido conhecer a cidade inca e achamos uma van que sairia dali a alguns minutos, por PEN 25 (R$ 25).
Peguei a van e no início da viagem comecei a conversar com Johan, um francês que voltava de um pequena cidade próxima de Santa Maria.

Ele iria para Ollantaytambo, uma pequena cidade que eu nunca tinha ouvido falar, no Vale Sagrado Inca, duas horas antes de Cusco.

Como ele foi falando apaixonadamente sobre o lugar, decidi que iria conhecer também, pelo menos por um dia. Johan não se opôs e três horas depois estávamos na linda cidadezinha.

Só fiquei lá por um dia, já que estava sem roupas limpas e tinha que buscar minha mochila grande em Cusco. Mas foi o suficiente para me apaixonar pelo lugar.

Chegamos no meio da tarde e fomos em busca de uma hospedagem. Achamos um hotel que custava PEN 15 (R$ 15) a diária, sem café da manhã e sem água quente também. Tive que pagar R$ 3 a mais pela “regalia”, afinal estava muito frio e não consegui encarar a água fria.

Johan me levou para conhecer a cidade. Era a terceira vez que ele a visitava. Ollantaytambo tem uma arquitetura predominantemente inca e parece que a cidadezinha parou no tempo, muito poucas construções modernas por lá, o que a deixa mais encantadora.

A vista de cima da montanha onde estão os sítios incas
A vista de cima da montanha onde estão os sítios incas
Deserto na região.
Deserto na região.

No outro dia, pela manhã, fui conhecer os grandes atrativos de Ollantaytambo, como as ruínas incas gratuitas, e descobri lugares quase tão mágicos quanto Machu Picchu, mas bem menores. Não são tão majestosos quanto Machu Picchu, mesmo assim são muito interessantes e vale muito a pena conhecê-los, afinal não se gasta nada mesmo.

Para se chegar nos 4 sítios é preciso enfrentar uma subida, todos ficam numa montanha. Não é longe, uma caminhada de cerca de 25 minutos, mas é bem cansativo.

Depois de visitar e almoçar um delicioso arroz Chaufa, prato típico peruano de arroz com legumes e carne, fui atrás de uma van para Cusco, que me custou PEN 10 (R$ 10).

Cheguei em Cusco e ainda dormi na cidade por mais um dia. Na tarde seguinte comprei passagem para Lima, capital do Peru, numa viagem que seria de 20 horas e me custou PEN 65 (R$ 65).

O ônibus partiu por volta das 18 horas. A maioria dos passageiros era gringa e do meu lado sentou uma simpática lituana, Juste. Antes de sair da cidade, o ônibus quebrou e ficamos parados cerca de duas horas, momento em que me aproximei dela.

Conversamos principalmente sobre nossas viagens. Juste viajava há sete meses e iria para a cidade de Ica, que fica cinco horas antes da capital peruana, da qual também nunca tinha ouvido falar.

Juste, uma amiga lituana.
Juste, uma amiga lituana.

Oásis - Decidi descer junto com ela também para conhecer o local, já que pelo que ela havia me dito era lindo e pela primeira vez ia sair do frio que já me perseguia há quase dois meses.

Chegamos lá na manhã seguinte, sem maiores problemas. Me senti aliviado, já que pela primeira vez na viagem estava num local quente, estava sentindo falta de poder andar sem casaco e de chinelo.

Descemos e pegamos um táxi para Huacachina, o bairro mais famoso da cidade por ter um oásis e ser o ponto turístico do lugar.

Lá fomos a um hotel que uma amiga havia indicado e pagamos só PEN 25 (R$ 25) pela diária de um hotel que poderia ser considerado de luxo aqui no Brasil, pela quantidade de quartos e também por ter uma grande piscina (que foi muito útil pelo calor que fazia).

Para não perdermos tempo na cidade, resolvemos fazer a tour pelo deserto já naquela tarde, para no dia seguinte irmos à Lima.

O passeio que durou duas horas e custou PEN 40 (R$ 40). Foi muito divertido, fiz até sandboard por lá e acabei estreitando a amizade com Juste.

A noite saí sozinho, Juste estava muito cansada e acabou dormindo bem cedo. Marquei de encontrar meus amigos da Suiça, que também estavam por lá.

Por ser meio de semana não havia uma balada, então ficamos tomando uma cerveja em um barzinho por lá e depois fomos andar em volta do lago.

Só não continuei a viajar com eles porque iríamos seguir para rumos diferentes, iam passar em alguma cidade antes de Lima e eu queria ir logo para o litoral e também não tinha muito dinheiro. Nos despedimos e fui dormir, já que no outro dia tinha que pegar ônibus com Juste.

Agora é seguir para o litoral.

Hotel muito bacana, por apenas R$ 25,00.
Hotel muito bacana, por apenas R$ 25,00.
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