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Diversão

Contra a timidez, prazer pode chegar em domicílio

Ângela Kempfer | 23/10/2012 15:29

Com uma maleta discreta, Ronaldo de Jesus chega como qualquer outro vendedor. Em uma mesa, espalha os produtos e só então dá para ver que a coisa é diferente. No estoque, há todo tipo de vibrador, óleos, calcinhas, brinquedinhos eróticos...um sex shop em domicílio.

A empresa atende das 8h às 20h, basta o cliente chamar ou 24h pelo site. O anúncio no jornal é a única propaganda. Com 3 anos de experiência de porta em porta, a empresa pensa em uma loja física. “Mas não vamos deixar de fazer as visitas não. Algumas pessoas preferem, têm a privacidade preservada”, justifica.

Os produtos são basicamente os mesmos de sex shops convencionais, inclusive as marcas. Mas Ronaldo promete preço mais em conta. “Não pagamos aluguel de loja, por isso dá para ter valor bom”, explica.

Na clientela, a maioria é homem, mas são as mulheres que gastam mais. Também são elas as mais demoradas na hora da escolha. “O homem já pede o que quer, a mulher gosta de olhar. O valor da compra também sempre é maior quando são delas”, conta Ronaldo.

Quando quem decide é o marido, os erros são frequentes. “Muitas vezes ligam depois, dizendo que a mulher não gostou e pedindo para trocar a mercadoria”, diz o vendedor.

Ele é farmacêutico, mas agora vive da diversão dos outros. Com o tempo, passou a ser um consultor do sexo. “Tem senhorzinho que liga pedindo ajuda, porque não consegue mais satisfazer a parceira fisiologicamente. A gente tem de indicar algo”.

Há gel anestésico, creminho redutor de “partes íntimas”. Só de próteses penianas, são mais de 100 tipos cadastrados. Entre os vibradores, os mais modernos tem rotações e material que imita a pele, com preços de R$ 80,0 a R$ 184,00

Para os interessados, o telefone de contato é 3043 - 4343.

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