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Diversão

Espontaneidade na rua faz aniversário com Cordão Valu

Anny Malagolini | 02/12/2012 21:11
Silvana Valu, a criadora do Cordão.
Silvana Valu, a criadora do Cordão.

Ano a ano a movimentação aumenta. Na rua General Mello, o carnaval autentico vinga todos os carnavais graças ao Cordão Valu, mas neste domingo a folia ocorreu por outro motivo: o aniversário de 6 anos de um grupo que alimenta em Campo Grande uma das maiores tradições brasileiras.

Silvana Valu, a animada que inventou essa história, antes curtia o carnaval de rua com cerca de 100 pessoas, mas este ano desfilou ao lado de mil pela a Esplanada Ferroviária, ponto escolhido para a diversão de fevereiro. “Para mim é a Olinda de Mato Grosso do Sul”, justifica.

No Carnaval, a vizinhança já espera. Quando o bloco passa, quem tem mangueira joga água para refrescar os foliões. É assim que as tradições vão surgindo, de forma espontânea.

Silvana, hoje com 40 anos, tinha um bar na Rua da Imprensa e no Carnaval saia com os amigos rumo à Esplanada. A empresa fechou, mas a disposição para o desfile pelas ruas continua forte e há 6 anos o encontro é no Bar do Carioca, na Rua General Mello. “Eu era melhor cliente que empresária”, brinca.

Hoje, quando há alguma comemoração importante, como o aniversário deste domingo, a festa é nos fundos do Bar do Carioca.

O bloco independente não recebe um centavo do poder público, quem banca é a portaria no caso de eventos cobrados, com o dinheiro todo repassado aos músicos.

No repertório, só samba e marchinhas, uma condição que acaba selecionando os integrantes do cordão. São artistas, jornalistas, gente ligada à cultura ou apaixonados por épocas mais românticas.

Quem aparece, usa fantasia ou algum detalhe para quebrar a sisudez. Filha de sambista da Igrejinha, Silvana é a primeira a incorporar a personagem. “Eu adoro me fantasiar e ver o pessoal fantasiado, se preparando para o Cordão”

O ator Fernando Cruz, é um antigo companheiro de farra da turma de Silvana. O que ele gosta mesmo é da liberdade, de sair por aí festejando. “São várias gerações que saem no Carnaval sem interdição de ruas, sem segurança oficial. É tudo muito livre, espontâneo”, comenta.

A carioca Cristina Portela, de 55 anos, lembra que as escolas de samba do Rio de Janeiro são imbatíveis, mas pelo Cordão Valu garante que “não trocaria o Carnaval animado e tranquilo daqui por nada”.

E tem cada figura. Junior Patrício aderiu à folia há 3 anos, sempre vestido de mulher. A roupa é da esposa, mas um assunto levado a sério. “Um dia fui comprar um vestido e ele já avisou que também usaria no Cordão Valu”, conta a mulher.

E o bloco só cresce. Adriano Chastel, 39 anos, levou a filha Beatriz de 8 pela primeira vez à festa carnavalesca. Vestido de palhaço, a intenção é mostrar que o Carnaval não é só o que aparece na televisão. “Desde cedo é bom mostrar o que é o carnaval de verdade, das marchinhas”, explica.

Adriano e a filha, mais nova integrante do bloco.
Adriano e a filha, mais nova integrante do bloco.
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