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Diversão

Ministério Público quer fim do Carnaval na Esplanada e sugestão é o Autódromo

Justificativa é que a região já não suporta mais os foliões e que não tem segurança para tamanha festividade

Thaís Pimenta | 14/09/2018 17:54
Desfile dos blocos e dos cordões, enterro dos ossos, e tantos outros eventos carnavalescos acontecem na Esplanada Ferroviária há anos. (foto: Paulo Francis)
Desfile dos blocos e dos cordões, enterro dos ossos, e tantos outros eventos carnavalescos acontecem na Esplanada Ferroviária há anos. (foto: Paulo Francis)

É oficial: o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) quer que o Carnaval de rua, os desfiles dos cordões e blocos, e a festa de Enterro dos Ossos, ou qualquer outro evento, não sejam realizados na região tombada da Esplanada Ferroviária.

Após reunião no Ministério Público em que estiveram presentes os moradores que acionaram o MP, Nelson Pereira de Araujo e Nenio Valdir Roas, representantes do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) e a promotora responsável, Luz Marina Borges, ficou decidido que "a realização de grandes eventos (carnaval, enterro dos ossos e afins) na região de esplanada ferroviária não é mais viável".

A ata de reunião esclarece ainda "ser necessária a avaliação em conjunto com os blocos e cordões independentes sobre eleição de outro local para a realização dessas festividades, já para o ano de 2019".

O Lado B apurou que durante a reunião foi cotado até mesmo que o Autódromo Internacional de Campo Grande recebesse o grande evento popular. Nelson Pereira adianta que "a inviabilidade não é contra o Carnaval e sim contra o grande fluxo de pessoas que o espaço já não mais comporta. Nós temos itens que comprometem a segurança, temos o posto de gasolina e não temos área de evacuação, por exemplo. O que é sugerido é procurar um lugar mais adequado para fazer o Carnaval, o o destino dos blocos".

Nelson diz ainda se preocupar com a cultura do Carnaval de rua e sugere que se leve em conta a tradição cultural, mas que se pense também em segurança. 

Silvana Valu, fundadora do maior cordão da cidade, o Cordão Valu, lamenta em nome de todos os foliões e organizadores de blocos independentes. "Eles nunca entenderam o que é o Carnaval e também nunca fizeram questão de entender. O poder público não entende que não se põe os foliões  dentro de um quadradinho e simplesmente as pessoas ficam ali. No Brasil inteiro o Carnaval acontece nos centros da cidade", diz.

Ela diz que vai se reunir com outros produtores dos blocos para decidir quais ações serão tomadas. O sentimento geral, em suas palavras, é de "indignação e de tristeza porque em nenhum momento nós fomos chamados pra conversar". Amanhã eles soltam uma nota pública com as decisões tomadas na reunião. 

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