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Diversão

Política e amizades pautaram, pelo menos, quatro novos blocos no Valu

Paula Maciulevicius | 26/02/2017 10:04
Bloco surgiu dos professores a partir da greve na rede municipal de Campo Grande ano passado.
Bloco surgiu dos professores a partir da greve na rede municipal de Campo Grande ano passado.

Foram pelo menos quatro novos blocos que surgiram no Cordão Valu este ano. E três deles, pautados pela política. A prova de que o brasileiro está levando a sério tais questões a ponto de manifestá-las no Carnaval. 

Depois da greve dos professores da Rede Municipal de Ensino, em 2016, quem ficou trabalhando foi intitulado "Guerreiros" e partir deste grupo que os professores decidiram ir para as ruas levando suas reivindicações não só antes de deflagrar a paralisação.

"Primeira vez que saímos. Quando teve a proposta da greve, ficamos num grupo reduzido e continuamos mantendo contato", explica a professora Luciane Fortes, de 38 anos. No total, eles foram em 120 foliões para cortejo do Valu.

Da Frente Brasil Popular, galera criou o "Resistência Popular".
Da Frente Brasil Popular, galera criou o "Resistência Popular".

E do grupo Frente Brasil Popular, quase 40 integrantes iam atrás do standart "Resistência Popular". Na hora de levar política para o Carnaval, a decisão foi unânime. "Vivemos em um país eclético, cheio de criatividade e num momento de resistência às questões discutidas no Congresso Nacional", avalia o presidente da CUT, Genilson Duarte.

E com gritos e placas de "Fora Temer", o bloco "FrankensTemer" levou para as ruas um grupo de amigos que lutam contra as reformas políticas propostas pelo vice de Dilma.

Amigos que pensam e lutam contra um governo golpista saíram às ruas de "FrankensTemer".
Amigos que pensam e lutam contra um governo golpista saíram às ruas de "FrankensTemer".
Amigos dos tempos de colégio Dom Bosco, da década de 80, também montaram bloco e desfilaram pela primeira vez.
Amigos dos tempos de colégio Dom Bosco, da década de 80, também montaram bloco e desfilaram pela primeira vez.

"Começamos este ano por causa da política nacional, aí o nome '"FrankensTemer'. Nós somos amigos que pensamos igual e que queremos mostrar nossa indignação quanto a este governo golpista", declarou a professora Vera Machado, de 56 anos.

E também teve amizade de anos virando bloco. "Os perdidos" remete à turma "perdidos do Objetivo", do Colégio Dom Bosco, de 1986. Um dos idealizadores do bloco, o corretor de imóveis Eduardo Ferzeli, de 46 anos, explica que a ideia é agregar família, amigos e filhos. "Nós hoje somos poucos, 10 ou 15, mas o grupo é maior e resolvemos montar o bloco dentro deste brilho que é o Cordão Valu", resumiu.

E terça-feira (28) tem Valu de novo, no mesmo lugar, na Rua General Mello, em frente ao bar do Zé, na Esplanada Ferroviária, a partir das 14h.

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Fora Temer dominou Cordão Valu no primeiro dia de Carnaval. (Foto: Marcos Ermínio)
Fora Temer dominou Cordão Valu no primeiro dia de Carnaval. (Foto: Marcos Ermínio)
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