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Diversão

Sem futebol, time que se via toda 5ª agora se junta para ação social

Time de futebol iniciou 2003, com o intuito de unir os jogadores através do esporte e ações sociais, em Campo Grande

Alana Portela | 09/05/2020 08:44
O time Futebol de Quinta reunido, um dos últimos encontros antes da quarentena. (Foto: Arquivo pessoal)
O time Futebol de Quinta reunido, um dos últimos encontros antes da quarentena. (Foto: Arquivo pessoal)

Quando o assunto é esporte e ajudar o próximo, o time “Futebol de Quinta” bate um “bolão” dentro e fora de campo. O grupo iniciou em 2003, treinando o futebol amador e logo resolveu fazer a diferença na vida dos moradores de Campo Grande, realizando ações sociais.

“Sempre estamos metidos em alguma ação. Organizamos o grupo para que não fosse apenas de futebol, mas também voltado a família, solidariedade e parceria”, diz o advogado e presidente do time, Wellyngton Ramos Figueira, 33 anos.

Ele conversou com o Lado B e contou a história do grupo que surgiu há 17 anos. Durante o bate-papo, Wellyngton comenta sobre as parcerias, jogos e as campanhas que abraçaram em nome do futebol.

Quatro integrante do time, de uniformes alaranjados, entregando álcool gel para os funcionários do Hospital de Câncer Alfredo Abrão. (Foto: Aquivo pessoal)
Quatro integrante do time, de uniformes alaranjados, entregando álcool gel para os funcionários do Hospital de Câncer Alfredo Abrão. (Foto: Aquivo pessoal)

“O time surgiu por iniciativa dos amigos peladeiros, Alysson Cintra e Willian Tenório que decidiram convidar um grupo de professores de um colégio e demais amigos para promover a qualidade de vida através do futebol amador. Entre 2003 e 2004, jogamos no campinho de baixo do Poliesportivo Dom Bosco”, lembra o presidente do time.

Em 2005, o time passou a se chamar “Peladeiros Solidários”, já que o grupo se reunia sempre para jogar e distrair. “O nome foi sugerido pelo amigo, Everton Fochesatto. Passamos a promover eventos para arrecadações de alimentos, roupas e tênis, além de outras campanhas para ajudar no Asilo São João Bosco e demais entidades”.

As partidas aconteciam todas as quintas e sábados e era uma diversão que só. O time se reunia para entrar em campo e correr até cansar, driblando os adversários e marcando gols. “Mas, devido as ocupações dos integrantes, passamos a jogar nas quintas e deixar o fim de semana reservado à família”, explica Wellyngton.

Com a mudança nos dias dos jogos, mudou também o nome e o time passou a se chamar “Futebol de Quinta”. Com o tempo, também foram mudando os locais das partidas, passando pelo campo do Joma até chegar no ponto de encontro atual, campo do Chiad localizado no bairro Monte Castelo, onde os encontros passaram a ser organizados pelo presidente do time.

“Jogamos nos campos de terrão da cidade, sem participar de torneios e campeonatos, mas tão somente jogos amistosos, como convidados”, diz o presidente.

Arrecadações feitas pelo time durante a campanha do agasalho. (Foto: Arquivo pessoal)
Arrecadações feitas pelo time durante a campanha do agasalho. (Foto: Arquivo pessoal)

Apenas uma vez o time viajou até Ponta Porã para jogar numa competição internacional que acontecia no Paraguai. “Mas, por conta da logística, jogamos na cidade brasileira mesmo. Após um duro confronto, a partida terminou empatada em 4 x 4 e o que ganhamos foi a amizade fortalecida com a viagem e a brincadeira do futebol”, lembra.

O time permanece unido, porém, desde março deste ano a equipe deu uma pausa nas partidas para evitar a propagação do coronavírus. No entanto, mesmo distantes continuaram com as ações e no mês passado doaram 116 unidades de álcool 70% e em gel para o Hospital de Câncer Alfredo Abraão.

“Essa foi nossa campanha contra o novo coronavírus. Lá, cerca de 300 pacientes serão beneficiados nos atendimentos além dos 400 colaboradores da instituição”, afirma Wellyngton. “Cada jogador comprou um kit, com álcool gel, mais álcool líquido para doar”.

Também tiveram ações anteriores como novembro azul, outubro rosa e Dia das Crianças, por exemplo. “Sempre que a gente pode, fazemos arrecadações para projetos sociais, movimentos para as famílias e tem churrasco uma vez por mês”, comenta Alysson Cintra, um dos jogadores que está na equipe desde 2003.

O grupo já chegou a ter 80 pessoas participando da equipe, porém alguns jogadores foram saindo e outros entrando. Além de Alysson, também permanecem no time há 17 anos, Emerson Silva, Franklyn Custódio e Rafael Ribeiro.

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