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Diversão

Som do Coreto leva 200 pessoas à praça que fica maior parte do ano esquecida

Com Carlos Colman e Banda Mestre, projeto reúne público variado para curtira a música e dançar

Thaís Pimenta | 22/09/2018 08:25
Ana Paula Duarte e Carlos Colman abriram a noite com sons folk e pantaneiros. (foto: Thaís Pimenta)
Ana Paula Duarte e Carlos Colman abriram a noite com sons folk e pantaneiros. (foto: Thaís Pimenta)

Na região conhecida por Cabeça de Boi, com o Coreto construído em 1930, a Praça Cuiabá segue praticamente esquecida por Campo Grande durante o ano, mesmo comum coreto lindo, no Centro de um dos bairros mais antigos da cidade, o Amambaí. Mas agora tem motivo para colocar a cadeira na praça e aproveitar a sexta-feira. O projeto Som do Coreto voltou à ativa no dia 17 de agosto e teve sua 2ª edição ontem, com cerca de 200 pessoas. A platéia ainda é pequena, mas a vida volta com música à região, desta vez com Ana Paula Duarte, Carlos Colman e Banda Mestre.

O som não acontece, exatamente, no Coreto, por conta da estrutura, é o que justifica a Sectur (Secretaria de Cultura e Turismo), mas sim em uma tenda instalada ao lado do monumento. Ainda valta muito investimento para o lugar ficar 100%, como iluminação que valorize os eventos por ali.

A intenção, de acordo com secretária adjunta da Sectur, Laura Miranda, é justamente a de "avivar as praças com músicas de diversos segmentos para a população conhecer artistas regionais. É um evento para as famílias, para todas as idades. Sabemos que a região tem um histórico de moradores de rua e usuários de droga, por isso precisamos ocupar com cultura”, explica.

O evento entrou na agenda há cerca de 4 anos, mas que por motivos burocráticos, deixou de acontecer por um tempo.

Maria e Odimar Macedo moram próximo a praça, na Vila Palmira. (foto: Thaís Pimenta)
Maria e Odimar Macedo moram próximo a praça, na Vila Palmira. (foto: Thaís Pimenta)

Muitos vizinhos levaram o próprio banquinho para aproveitar a noite de céu limpo. Mas o casal Odimar Macedo e Maria de Lurdes Macedo saiu de um pouco mais longe, da Vila Palmira. "A gente é frequentador de eventos que acontecem na rua, gostamos de ir em feiras de artesanato, de gastronomia, inclusive me lembro desse projeto acontecendo nos mesmos moldes aqui na praça há uns anos", conta Odimar.

O casal acha a inciativa incrível porque, na região, não há muita opção de lazer, a não ser "subindo a Júlio de Castilho, em que a gente encontra restaurantes e pizzarias abertas". Eles, assim como todos os outros entrevistados pelo Lado B, acharam que o projeto é mal divulgado. "A gente soube porque vimos uma movimentação no primeiro dia do evento, no mês passado, aí ficamos ligados e procuramos saber, buscando na internet mais informações".

As irmãs só souberam do evento quando passaram pela avenida. (foto: Thaís Pimenta)
As irmãs só souberam do evento quando passaram pela avenida. (foto: Thaís Pimenta)

As irmãs Marcia e Nara Fechner de Pina também só souberam quando passaram pela praça e viram a movimentação. "A gente chegou 19h e só tínhamos nós Dá uma dó dos músicos, que tocam para pouca gente. E é um som de tanta qualidade, a gente conhece o trabalho do Colman de 30 anos já".

Elas também moram na região e assumem que, antes do evento, haviam passado pela praça poucas vezes. "Isso aqui estava esquecido, acho que tinham moradores de rua antes das duas igrejas que permeiam aqui a região se instalarem, por isso não considero que estava abandonada. Mas de qualquer forma é lindo ver uma região tão tradicional sendo movimentada com música boa", diz Marcia.

Nara ainda pontua que, por conta da ciclovia, muita gente passa pela Duque de Caxias, se exercitando, então é "bacana que seja melhor divulgado, para atrair esse público também". "Eu recomendo porque tem comida, artesanato, a gente não passa calor, é fresco, tem local pra sentar, é tudo de bom".

Guinoaide espera vender mais nas próximas edições. (foto: Thaís Pimenta)
Guinoaide espera vender mais nas próximas edições. (foto: Thaís Pimenta)
Rosana é artesã mas estava vendendo bolos de pote no evento. (foto: Thaís Pimenta)
Rosana é artesã mas estava vendendo bolos de pote no evento. (foto: Thaís Pimenta)

Laura Miranda diz que antes do evento ser divulgado eles fizeram uma pequena reforma no coreto. "Pintamos ele para que pudessem ser visitado", afirma. A secretária adjunta confirma ainda que, no projeto, todos os estilos musicais serão contemplados, menos o sertanejo. "Porque o sertanejo vai estar no nosso outro projeto, o Arte no Meu Bairro", conta. 

"Para se apresentar, por enquanto, só músicos conhecidos. A ideia é a partir do próximo ano abrir editais para o Projeto. Infelizmente a gente sabe que só músicos mais conhecidos atraem o público", completa.

No próximo Som no Coreto, que vai acontecer no dia 19 de outubro, as artesãs Guinoaide Martins da Silva e Rosana Botelho de Souza, esperam vender mais. "Por enquanto está mais ou menos de venda. Acho que quando as pessoas descobrirem mesmo o evento a gente também cresce e ganha com isso", diz Rosana, que mesmo sendo artesã, optou por vender seus famosos bolos de pote.

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Cerca de 200 pessoas estavam presentes na segunda edição do evento. (Foto: Thaís Pimenta)
Cerca de 200 pessoas estavam presentes na segunda edição do evento. (Foto: Thaís Pimenta)
Público poderia ficar de pé ou sentado, para curtir o show com mais conforto. (foto; Thaís Pimenta)
Público poderia ficar de pé ou sentado, para curtir o show com mais conforto. (foto; Thaís Pimenta)
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