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Diversão

Sorrisão de Matheus é resposta sincera de felicidade ao superar o slackline

Alunos da Rede Municipal de Ensino participaram de projeto de inclusão por meio de esportes radicais

Guilherme Henri | 17/03/2019 09:16
Matheus em cadeira de rapel para ajudar a praticar o slyckline (Foto: Guilherme Henri)
Matheus em cadeira de rapel para ajudar a praticar o slyckline (Foto: Guilherme Henri)

Há 7 anos, Matheus Duarte Lopes perdeu a fala e foi parar em uma cadeira de rodas depois de se envolver em um acidente com caminhão. Hoje, aos 14 anos, o largo e contagiante sorriso do menino é a tradução de felicidade dele e do restante das crianças com alguma deficiência no slackline, dentro do projeto Inclusão Radical.

A ação ocorreu ontem (16) na Escola Municipal Fauzze Scaff Gattas, no Nova Campo Grande. O esporte com a fita elástica foi adaptado a necessidade de cada de aluno da rede municipal, que tem alguma deficiência.

O projeto é encabeçado pelos professores Washington Pagane, de 28 anos, e Gilberto Gomes, de 32 anos. O objetivo é promover a inclusão social, elevar a autoestima e de quebra ajudar na interação entre os próprios alunos por meio de atividades corporais nada convencionais, ou seja, o esporte radical.

Com ajuda de suportes, Matheus conseguiu dar alguns passos (Foto: Guilherme Henri)
Com ajuda de suportes, Matheus conseguiu dar alguns passos (Foto: Guilherme Henri)

“Para o autista fizemos a pista sensorial simulando diversas texturas. Para deficiências mais severas, como a de Matheus, usados a cadeirinha de rapel, para sustenta-lo na slackline. Já outros alunos tiveram a ajuda de professores no caminhar pela fita”, diz.

E não precisou de muito tempo para ver o quanto as mais de 30 crianças e adolescentes adoraram a atividade. Matheus mesmo, não parava de sorrir e com vários joinhas com as mãos ele mostrava o quanto estava se divertindo.

Com o suporte, o menino conseguiu até dar alguns passos e ainda mergulhou na mais profunda caverna imaginaria proposta pelos instrutores, como maneira de fazê-lo descansar um pouco na cadeira de rapel.

Aluno com deficiência praticando o slackline com ajuda de professor (Foto: Guilherme Henri)
Aluno com deficiência praticando o slackline com ajuda de professor (Foto: Guilherme Henri)
Ana Livia e sua professora Brunela (Foto: Guilherme Henri)
Ana Livia e sua professora Brunela (Foto: Guilherme Henri)

“Com as adaptações certas eles podem fazer tudo. Eu que não tenho deficiência nunca fiz e até tenho medo de praticar um esporte como este. Eles são focados, determinados. Tudo o que precisam é de alguém que acredite neles”, disse Joana Paula Araujo, de 33 anos – uma das mães presentes.

Ela é mãe de Ana Lívia, menininha que nasceu com má formação nas duas mãos, mas deu um show ao subir na slackline. “Gostei bastante e queria fazer mais vezes”, disse a pequena.

Além dos deficientes físicos, foi elaborado não só uma pista sensorial para os alunos autistas, mas também um cantinho com massinhas e outros itens que ajudam no processo de quebrar barreiras.

“Que projetos como este não fiquem só aqui nesta escola. Iniciativas como esta precisam estar em todas as escolas de Campo Grande e do Brasil”, destaca a presidente nacional do Pro d Tea, Carol Epinola.

Esta é a segunda atividade radical com os alunos da rede municipal. A primeira ocorreu no começo, em uma trilha no Morro do Ernesto. 

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Incapacitado de falar, Matheus faz joinha para dizer que gostou da atividade (Foto: Guilherme Henri)
Incapacitado de falar, Matheus faz joinha para dizer que gostou da atividade (Foto: Guilherme Henri)
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