Stone Alice Jam celebra trajetória e mantém viva a cena grunge em Campo Grande
Banda formada por nomes experientes do rock revisita a estética crua do movimento dos anos 90
A relação entre amizade, estrada e devoção ao rock define a história da Stone Alice Jam, banda campo-grandense formada por Guga Borba, Guilherme Cruz, Rafael Coelho, Caio Dutra e Alexandre “Deco” Lacôrte. Em 29 de novembro de 2025, o grupo se apresenta na Cervejaria Canalhas, em Campo Grande, reencontrando o público com um repertório dedicado ao grunge — estética que marcou os anos 1990 e segue influenciando gerações.
RESUMO
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A proposta da banda nasceu da convivência entre músicos que já dividiam palcos e projetos diversos. Guga, Guilherme, Deco e Rafael integram a formação original da NAIP, referência no rock sul-mato-grossense há 27 anos, enquanto Caio entrou na fase mais recente, reforçando a energia criativa do grupo. Paralelamente, alguns dos integrantes mantêm projetos como Filho dos Livres e Cassino Boogie, que também moldam a identidade cultural do estado.
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Para o baterista Deco, o grunge sempre foi mais do que uma influência sonora.
“Apesar de termos tocado juntos em vários projetos, a Stone Alice Jam é a primeira banda com esse som grunge que fazemos com veemência e com a verdade que o gênero merece. Muitas bandas incluem algo de grunge no repertório. Nós fazemos o contrário: o grunge é o pilar do nosso som”, afirma.
Grunge como expressão cultural
Nascido no fim dos anos 1980 em Seattle, o grunge uniu a crueza do punk, o peso do heavy metal e a introspecção do indie rock. Letras densas, crítica social e estética despojada transformaram o gênero em movimento cultural. Para muitos músicos brasileiros, essa combinação de rebeldia e vulnerabilidade ecoou profundamente — e em Mato Grosso do Sul não foi diferente.
A Stone Alice Jam se insere nesse legado. A banda revive faixas icônicas de Stone Temple Pilots, Alice in Chains e Pearl Jam, mas também incorpora nuances de artistas como Kiss e Van Halen, que moldaram a formação musical dos integrantes. O resultado, segundo eles, é uma homenagem fiel à raiz do estilo, sem abrir mão da identidade regional.
Sete anos de parceria
A banda chega a sete anos de formação consolidada e marcada pela longevidade das relações entre os integrantes — muitos deles juntos há três décadas em diferentes fases do rock sul-mato-grossense. Essa trajetória comum sustenta a autenticidade defendida por eles: tocar grunge não como tendência, mas como linguagem musical.


