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Terapeuta ensina a descobrir o sonhado "ponto G" sem neuras

Mariana Azambuja é terapeuta sexual e criou um e-book com informações para estimular mulheres a se tocarem mais e sentir prazer

Alana Portela | 14/05/2020 06:12
Tocar no corpo pode ajudar a descobrir melhor as sensações e os prazeres. (Foto: Mariana Azambuja)
Tocar no corpo pode ajudar a descobrir melhor as sensações e os prazeres. (Foto: Mariana Azambuja)

Para estimular mulheres a conhecerem melhor o corpo e descobrirem o ponto G, Mariana Azambuja lançou, neste mês, o e-book “Manual da Siririca”, em Campo Grande. Ela é estudante de Psicologia e trabalha com terapia tântrica, que envolve a sexualidade feminina. O livro ilustra o corpo feminino e explica como funciona cada região.

“Trabalho com sexualidade, de uma forma geral, e percebi a necessidade das mulheres em falar de prazer, masturbação e emancipação sexual feminina. Muitas nem conhecem o próprio corpo, anatomia, nunca se tocaram, só conhecem suas vulvas através de terceiros: companheiro, ginecologista, etc”, explica Mariana.

Aos 26 anos, ela conversa com o Lado B e fala sobre a “siririca”, que é um termo usado para masturbação feminina. Durante o bate-papo, Mariana conta algumas curiosidades, fala de empoderamento e ainda destaca que “uma mulher que goza, é uma mulher mais feliz”.

“O orgasmo é um grande aliado na saúde, pois estimula a produção de hormônios, como serotonina, endorfina, oxitocina, que são conhecidos como ‘hormônios do bem’, que promovem bem-estar, alegria, harmonia, um sentimento de felicidade e vivacidade. Que pode ser direcionado para todas as áreas da vida, para as relações interpessoais, carreira, família”, afirma.

Mariana Azambuja realizando massagem no corpo da cliente durante a terapia tântrica. (Foto: Mariana Azambuja)
Mariana Azambuja realizando massagem no corpo da cliente durante a terapia tântrica. (Foto: Mariana Azambuja)

Por isso, a terapeuta uniu os conhecimentos e leva, através do e-book, informações ao máximo de mulher possível. A intenção é ajudá-las a ter autonomia, principalmente agora durante o isolamento social.

“Nessa época, muitas estão enfrentando essa questão, em se perceberem seres sexuais, com tesão, libido, vontade, e não saber o que fazer com isso, estando solteiras ou sozinhas, colocam toda sua fonte de prazer em outra pessoa. Até mesmo, mulheres casadas que estão insatisfeitas com a vida sexual, mas não sabem por onde começar”, diz.

No entanto, quando o assunto é sexualidade, se tocar e conhecer o corpo, o tema é um tabu, ainda mais quando envolve a masturbação feminina. “Isso é algo social, tudo que relaciona o sexo, prazer e a mulher, não é visto com bons olhos”.

“Em uma sociedade patriarcal, onde o machismo está instaurado em todos os meios sociais, uma mulher que conhece o próprio corpo e é autônoma, seja na vida pessoal, carreira e sexual, não é bem vista. É considera puta, promíscua. Enquanto homens são incentivados desde cedo a se descobrirem sexualmente e serem ativos nesse campo”, fala.

E foi na tentativa que “quebrar” o padrão, que Mariana trabalhou minuciosamente no e-book. “Decidi dar um enfoque maior nas mulheres. No meu trabalho, acredito muito que a união e o conhecimento vão vencendo essas barreiras, empoderando as mulheres de seu lugar como sujeito social e diretos de sua autonomia”.

No manual, a terapeuta comenta sobre repressão social, fala sobre o motivo das mulheres não conseguirem se tocar e ensina por onde começar. “Falo de anatomia feminina, sobre a vulva e os pontos que podem ser estimulados e gerarem prazer”.

As páginas também mostram as zonas erógenas. “São partes do corpo que quando estimuladas podem gerar muito tesão e prazer”, explica Mariana. “Ensino uma forma básica de se masturbar e também duas técnicas mais avançadas. Uma técnica tântrica e uma africana, para elevar o prazer feminino”, completa.

Além disso, a terapeuta ainda criou um guia básico de vibradores e lubrificantes, que podem ser grandes aliados na hora “H”. “Também há muito tabu em cima dos sextoys [brinquedos sexuais]. A intenção é instruir a mulher por onde começar, qual vibrador se adapta melhor às suas necessidades”.

Dos benefícios do autoconhecimento e do prazer, Mariana destaca. “A mulher se torna mais confiante, segura, mais disposta, o que influencia em todos os campos da vida. Uma mulher que conhece e está satisfeita com sua sexualidade, é muito mais propensa a ter uma saúde física e mental mais equilibrada”.

O material, além de ser “salva vida” das mulheres, também podem ser aliados dos homens, que através do conteúdo conhecerá como funciona o corpo feminino. “Sexualidade é algo inerente ao ser humano, nascemos e morremos com ela, e não está unicamente ligada ao sexo. É uma necessidade básica que faz parte da personalidade de cada pessoa, influencia sentimentos, emoções e até a forma de se relacionar”.

Serviço - O e-book pode ser acessado neste link.

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