ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Sabor

Há 7 anos, comerciante consegue vender churrasquinho a R$ 1,00

Ângela Kempfer e Paula Maciulevicius | 22/02/2015 07:12
Churrasco é vendido na Albert Sabin 1.522.
Churrasco é vendido na Albert Sabin 1.522.

A sugestão de reportagem chegou ao Lado B depois que um leitor parou no semáforo da Rua Albert Sabin, esquina com a Melvin Jones. Ele sentiu um cheiro bom de carne assada e ficou perplexo ao ver o preço na plaquinha. “Churrasquinho a R$ 1,00”. O homem deu meia-volta e estacionou pensando se tratar de propaganda enganosa. “Pensei assim: nada mais custa R$ 1,00 nesta vida. Mas comi, gostei e ainda pedi outro”, conta Jamil Nagle.

A churrasqueira pequena, na calçada, está ali há 7 anos, assim como a plaquinha, sem alteração no preço. “Aqui era de um japonês, ai a Cléo comprou. Ah, a Cléo sou eu, viu”, se apresenta a dona da “Casa do Assado”.

Boa de lábia e divertida, ela vai oferecendo de tudo um pouco, enquanto entrega os churrasquinhos.Tem frango assado, costela, farofa, nhoque, panqueca...Tudo para garantir o almoço de quem não quer ou não pode cozinhar em casa. “Aqui é fast food, igual McDonald's‎, tudo sai em 5 minutos”, garante.

Cléo diz que não tem coragem de aumentar o preço.
Cléo diz que não tem coragem de aumentar o preço.
Espetinho é de ponta de costela ou pacuzinho.
Espetinho é de ponta de costela ou pacuzinho.

Outra diferença é que o carro-chefe não é servido à noite, como é tradição em Campo Grande. A venda de churrasquinho ocorre só de 10h às 14h, de segunda a sexta. No fim de semana, o que fica são as opções de carne e acompanhamentos.

Na varanda do ponto alugado, há 3 jogos de mesas e cadeiras, para quem quiser comer o pacuzinho ou a ponta de costela no espetinho, ali mesmo, sem frescura.

Sobre o preço, Cléo diz que até já pensou em aumentar, mas nunca teve coragem. “É o nosso chamariz”, explica.

O técnico em alarmes, Anderson Matos, de 30 anos, agradece. Ele trabalha no Centro da cidade e quando vai para casa encontra o churrasquinho no trajeto. “Descobri há 3 meses. Por R$ 1,00 não como em lugar nenhum, além de ser jogo rápido”.

Anderson é um dos clientes de fora, mas a maior parte da freguesia esta na vizinhança, como a dona de casa Patrícia Borges, 31 anos. “A carne também é muito boa e por R$ 1,00 não existe nada em outro lugar tão limpinho assim”, justifica.

“Quem trabalha não tem tempo para ficar pensando em crise. Aqui, entrou já pode comprar”, ensina a empresária que vende cerca de 300 espetinhos por dia.

Maior parte dos clientes são da vizinhança, no bairro Taveirópolis.
Maior parte dos clientes são da vizinhança, no bairro Taveirópolis.
Nos siga no Google Notícias