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Meio Ambiente

Capital já teve 196 focos de queimadas este ano; tendência é aumentar

Viviane Oliveira | 29/06/2015 12:05
 Sábado passado, o fogo tomou conta do cruzamento da avenida Norte e rua Aladim, no Center Park, ao lado de um condomínio. (Foto: Fernando Antunes)
Sábado passado, o fogo tomou conta do cruzamento da avenida Norte e rua Aladim, no Center Park, ao lado de um condomínio. (Foto: Fernando Antunes)

A falta de chuva e umidade relativa do ar baixa favorecem para o aumento de queimadas nesta época do ano, período de inverno em que o mato está seco e vira combustível para o fogo. De janeiro até agora, o Corpo de Bombeiros atendeu 196 casos de incêndios em vegetação e terreno baldio em Campo Grande e região. Durante o ano passado foram contabilizados 526 casos.

O capim seco pega fogo com facilidade e o vento ajuda a espalhar as chamas. Além de causar prejuízo ao meio ambiente e saúde, a fumaça às margens de rodovias pode causar acidente grave. No último sábado (27), os bombeiros da Capital receberam 15 chamadas para apagar incêndio em vegetação. Por volta das 16h, com a umidade relativa do ar em 38%, foram três casos simultâneos.

Em rodovias as bitucas de cigarro, que são lançadas pelas janelas de veículos, são as principais causas de incêndio. Já em área urbana, as queimadas são ocasionadas pelo fogo colocado para limpeza de terrenos, queima de lixo e fogueiras.

De acordo com o major da PMA (Polícia Militar Ambiental), Carlos Magno da Silva, colocar fogo em terreno baldio ou até mesmo no fundo de casa é uma questão cultural que precisa ser revista. “Ninguém deve colocar fogo com intuito de fazer limpeza, mesmo que seja no fundo de casa ou terreno baldio, principalmente nesta época do ano em que a queimada pode sair do controle e causar uma tragédia”, alerta.

Além disso, colocar fogo em áreas de vegetação é crime ambiental que gera multa entre R$ 1,8 mil a R$ 7,3mil. Denúncias de queimadas podem ser feitas na Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) pelo telefone 156 ou direto na Central de Atendimento ao Cidadão, que fica na Rua Cândido Mariano, nº 2.644, das 8h às 16h.

Parte da vegetação foi destruída pelo fogo. (Foto: Fernando Antunes)
Parte da vegetação foi destruída pelo fogo. (Foto: Fernando Antunes)

Conforme a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros na Capital, a corporação dispõe de cinco viaturas de combate a incêndio e segue critérios no atendimento das ocorrências. São priorizados casos com risco à vida e imediações de hospitais, posto de saúde, posto de combustíveis, escolas e residências.

Alerta - Entre maio e agosto, a incidência de queimada, que pode ocorrer a qualquer hora do dia e da noite, aumenta. A CCR MSVia, concessionaria que administra a BR-163, distribui folhetos educativos em pontos estratégicos para alertar motoristas sobre os riscos de incêndio às margens da rodovia.

Reduzir gradualmente a velocidade, manter distância segura do veículo que segue a frente e não estacionar em locais de risco são algumas das dicas para evitar acidente. Quem se deparar com um situação semelhante na BR-163 pode ligar para o 0800 648 0163.

No final do mês passado, o motociclista Wagner Guedes da Silva, 32 anos, morreu ao bater a moto que conduzia na traseira de uma carreta. A vítima seguia em uma moto CBR 1000 no Km 479 da BR-163, quando aconteceu o acidente. Testemunhas contaram à polícia, que no local havia muita fumaça por causa de uma queimada em área particular, o que pode ter causado o acidente.

Na última terça-feira, em Sidrolândia, distante 71 quilômetros de Campo Grande, morreram três pessoas. No momento do acidente que vitimou a família, havia fogo na vegetação do acostamento e a fumaça pode ter atrapalhado a visibilidade do condutor do caminhão, carregado com oito toneladas de verduras e pedras de mármore, que colidiu na traseira do carro em que as vítimas estavam.

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