Com latões lotados, servidores do Parque cobram coleta diária de lixo
Servidores do Parque dos Poderes cobram da prefeitura a coleta diária de lixo na região. Segundo eles, apesar de isso já ser regra, os caminhões só têm passado 3 dias da semana, apesar da grande quantidade de sacos depositados diariamente pelas secretarias e outros órgãos públicos.
Pessoas que trabalham no local dizem que a situação fica ainda pior aos sábados e domingos, porque os latões ficam cheios na sexta e só são esvaziados na segunda-feira.
Além do entulho que acaba entupindo os bueiros em dias de chuva, há também a preocupação com os animais que vivem na reserva ecológica do Parque dos Poderes.
Como a comida é farta nas lixeiras, muitos se arriscam entre os carros para se alimentar. Alguns são atropelados ao tentar atravessar a rua para chegar até os sacos com restos espalhados pelos sacos de lixo.
"Não tem outro jeito. Eles precisam se alimentar. O problema é que é muito perigoso que eles fiquem atravessando essas vias", diz o motorista Waldomiro Ajala, de 50 anos, que trabalha na Secretaria de Obras.
Para Fernanda Guimarães, de 19, os animais já estão acostumados. " Todos os dias as lixeiras ficam cheias, principalmente de restos de comida. Eles já sabem que vão encontrar alimentos lá. Por isso, vão todos os dias".
"Eles se concentram bastante em uma árvore de amora que tem aqui na região do parque. Estão sempre em busca de algo para se alimentar", diz a auxiliar administrativa, Lucielle Bureman, de 18 anos.
O coordenador do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), Elson Borges, diz que o problema com as lixeiras já é frequente. Segundo ele, os andarilhos e catadores de reciclável acabam esparramando o lixo, o que chama a atenção dos animais.
"A prefeitura do Parque dos Poderes monitora para que o lixo seja recolhido todos os dias. Algumas secretarias colocaram até grades e só depositam material orgânico em caixas fechadas. O problema é que os catadores deixam as sacolas abertas", explica.
