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Meio Ambiente

Com menos chuva, tempo seco e calor impressionam em janeiro "atípico"

Para a meteorologia, a situação é "atípica", porém não deve ser o suficiente para fazer com o Estado decrete situação de emergência

Liniker Ribeiro | 17/01/2019 15:51
Sol forte hoje á tarde em Campo Grande. (Foto: Kisie Ainoã)
Sol forte hoje á tarde em Campo Grande. (Foto: Kisie Ainoã)

Diferente do ano passado, os primeiros dias de 2019 começaram com altas temperaturas – o que é uma característica do verão – porém, sem chuvas. Toda a água, que há um ano atrapalhava até mesmo quem queria lavar roupa, deu lugar à estiagem e, consequentemente, o tempo seco ganhou força. Até mesmo para a meteorologia a situação é "atípica", porém não deve ser o suficiente para fazer com o Estado decrete situação de emergência.

“Isso dificilmente acontecerá. São regiões excepcionalmente com altas temperaturas e dias sem chuva que estão passando por uma questão de umidade baixa”, relata meteorologista Natálio Abrão, da Uniderp. Segundo ele, a explicação para o que está acontecendo está baseada na "ativa massa de ar seca instalada no norte do Estado fica para cima e para baixo, impedindo que as frentes frias cheguem aqui”.

Pelas ruas, até quem está em Campo Grande pela primeira vez se surpreende com o calor e tempo seco. “Cheguei há 9 dias ao Estado e estou achando sufocante”, brinca a gaúcha Gabriele Grando, de 37 anos, que veio visitar uma amiga em MS. “Aqui na Capital até que tem árvores, mas em cidades do interior faltam”, avalia ela ao dizer que também esteve em outros municípios, como em Três Lagoas – a 338 quilômetros da Capital.

Gabriele Grando é gaúcha e se surpreendeu com calor e tempo seco na Capital (Foto: Kisie Ainoã)
Gabriele Grando é gaúcha e se surpreendeu com calor e tempo seco na Capital (Foto: Kisie Ainoã)

Para driblar a falta de chuva, assim como a baixa umidade, “o jeito é partir para o sorvete, piscina, ar condicionado e até uma cervejinha”, relata a administradora Ana Cláudia Nogueira, de 35 anos. Ao lado da amiga, a esteticista Zenilda Sales, de 37 anos, ela aproveitava a sombra de uma árvore da Avenida Afonso Pena, nesta tarde, acompanhada da água de coco, que para ela também é essencial para ajudar na hidratação.

Quem também sentiu a diferença do tempo nesta estação foi a arquiteta Vanessa Lima, de 32 anos. “Está bem mais seco, fora que em outra época nós não estaríamos sentadas aqui tomando água de coco porque as chances seriam grandes de estar chovendo”, afirmou, ressaltando ainda que também é preciso “investir em um bom hidratante” para cuidar da pele.

Lucro - E o forte calor tem realmente levado mais pessoas para os pontos da cidade com vendas de água de coco. Na barraca do senhor Sérgio Menegante, nos altos da Avenida Afonso Pena, as vendas cresceram. "Deu uma aumentada de 50% do mês passado para agora. E olha que eu não esperava que fosse ser assim", revela ao lembrar que janeiro costuma ser mais chuvoso. 

Trabalhador manoseando coco, um dos produtos sucesso nesse calor. (Foto: Kisie Ainoã)
Trabalhador manoseando coco, um dos produtos sucesso nesse calor. (Foto: Kisie Ainoã)
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