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Meio Ambiente

Fogo “comeu” patas de tamanduá até o osso, mas ele resiste

Encontrado com fratura óssea exposta pelo fogo, “Armandinho” foi resgatado, tratado e já tem data para alta

Por Gabriela Couto | 17/09/2024 17:27

Imagine uma queimadura tão profunda a ponto de chegar aos ossos da sua mão? Vários animais da fauna pantaneira estão apresentando esse quadro grave de queimaduras após tentarem percorrer área atingida pelos incêndios florestais.

Um deles é o tamanduá-bandeira batizado de Armadinho. O animal foi encontrado no dia 20 de agosto, deitado, imóvel e exausto no Refúgio Ecológico Caiman, em Miranda, a 208 km de Campo Grande. O resgate foi feito pelo Instituto Tamanduá.

Com a gravidade das queimaduras nas quatro patas, o tamanduá foi transferido para a base do projeto Órfãos do Fogo, na Pousada Aguapé.

“As fraturas em suas patas, causadas pelo fogo, estavam expostas. Não havia outra opção: Armandinho precisou ser transferido ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) para uma cirurgia de emergência”, destacou a médica veterinária e presidente do instituto, Flávia Miranda.

No recinto, tamanduá-bandeira Armandinho recebe cuidados de equipe multidisciplinar e de várias instituições (Foto: Instituto Tamanduá/ Claudia Gaigher)
No recinto, tamanduá-bandeira Armandinho recebe cuidados de equipe multidisciplinar e de várias instituições (Foto: Instituto Tamanduá/ Claudia Gaigher)

A transferência para a Capital foi feita com apoio do Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado-Pantanal). A cirurgia realizada no Hospital de Animais Silvestres Ayty durou mais de três horas e foi um sucesso. Foi necessário retirar algumas falanges das patas, mas os tendões permaneceram preservados.

Dentre os procedimentos, o animal passou por ozonioterapia, para ajudar na cicatrização das graves queimaduras. O tratamento reduz o tempo de recuperação e o que levaria um mês para cicatrizar, com esse procedimento pode reduzir para 15 dias.

“Estou muito surpresa que pouco tempo depois da cirurgia ele esteja tão bem. Imagino que no máximo em dois meses a um mês e meio ele vai estar de volta na natureza”, comemorou Flávia.

Doações – O instituto está pedindo doações para continuar o trabalho de campo. Sua ajuda é a diferença entre a vida e a morte para esses seres vivos.

Faça uma doação via PIX (e-mail): apoie@tamandua.org ou pelo site. Doe qualquer valor e ajude a garantir a vida da biodiversidade pantaneira.

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