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Meio Ambiente

História de macaca que nasceu em MS vira polêmica em São Paulo

Ângela Kempfer | 09/02/2014 11:52
Elizete e Carla, que antes era "Chico". (Foto: Fabio Rodrigues/G1-SP)
Elizete e Carla, que antes era "Chico". (Foto: Fabio Rodrigues/G1-SP)

Certo dia, um caminhoneiro de passagem por Mato Grosso do Sul se deparou com a oferta de um macaco-prego, à venda na estrada. Não teve dúvidas, resolveu levar o bicho para dar de presente a um casal de amigos, em São Carlos (SP). Passados 38 anos, Chico, como foi batizado, morreu na tarde de sexta-feira, como personagem de uma polêmica ambiental que começou quando foi retirado da família.

O bichinho ficou nacionalmente conhecido em agosto do ano passado, depois que a aposentada Elizete Carmona, 71, denunciou nas redes sociais a apreensão do macaco pela Polícia Militar Ambiental, por ordem do Ministério Público Estadual. O temor maior era de que ele não resistisse ao afastamento da família.

No dia da apreensão, Chico foi encontrado preso a uma coleira, atado em uma corrente de um metro de extensão. A denúncia foi feita pela Associação Protetora dos Animais Silvestres de Assis (SP) de que o animal não vivia em um local apropriado. Em exames, foi descoberto, inclusive, que na verdade o animal era uma macaca e ela virou "Carla".

Na época, a dona justificou em entrevistas que  o animal ficava preso por questão de segurança. “Eu tinha medo que ele subisse nos fios de alta tensão, tomasse um choque e morresse. Toda noite, porém, ele dormia dentro de casa", garantiu.

As condições duvidosas não foram suficientes para convencer sobre a necessidade de remoção e mais de 17 mil pessoas aderiram a abaixo-assinado para que Carla voltasse para casa. A família conseguiu liminar e a macaca foi devolvida, apesar de não haver nenhum documento de órgãos ambientais que autorizasse a criação na residência.

Mesmo com o retorno, Carla acabou debilitada. Segundo a dona, começou a passar mal há cerca de três dias. O veterinário não diagnosticou qualquer doença, mas o animal não comia, não bebia e não dormia, relatou Elizete. O corpo passará por exames amanhã que vão identificar as causas da morte.

Ao jornal Folha de São Paulo, a dona de Carla disse chorando que sente a perda de um membro da família. "Ele era meu filhinho, vai ser difícil ficar em casa sem ele”.

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