Onça parda é encontrada morta em rodovia, problema crônico em MS
Animal foi encontrado hoje na MS-384 e será taxidermizado para trabalho de educação ambiental
A PMA (Polícia Militar Ambiental) recolheu onça parda que morreu atropelada entre a noite de ontem (10) e esta quarta-feira (11) na MS-384, entre Bela Vista e Caracol, ponto de travessia de animais, sendo local de atenção redobrada aos motoristas.
RESUMO
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A Polícia Militar Ambiental (PMA) recolheu uma onça parda que foi atropelada na MS-384, entre Bela Vista e Caracol, durante a noite de ontem e a manhã de hoje. O animal, um macho, apresentava uma pata inchada, o que pode ter contribuído para o acidente. O comandante da PMA, Silvio de Souza, destacou que esses atropelamentos são comuns. Em resposta a essa problemática, o governo de Mato Grosso do Sul implementou o Programa Estrada Viva, em dezembro de 2021, para monitorar rodovias com alta incidência de atropelamentos de animais silvestres. Atualmente, 22 trechos de 19 rodovias são monitorados, com a instalação de 115 passagens inferiores de fauna, radares eletrônicos e telas condutoras de animais.
Segundo o comandante da PMA em Bela Vista, Silvio de Souza, o animal, macho, estava com uma das patas inchadas, o que pode indicar que ele tenha atravessado a rodovia de forma mais lenta, o que pode ter influenciado no atropelamento. “Mas, infelizmente, é muito comum”, disse o militar. O animal foi recolhido e será taxidermizado para ser usado no trabalho de educação ambiental.
Em MS, o governo estadual mantém o Programa Estrada Viva, criado em dezembro de 2021 para monitorar rodovias com maior incidência de atropelamento de animais silvestres e propor soluções para a redução dos acidentes. Atualmente, são monitorados 22 trechos de 19 rodovias estaduais no estado, a maioria, localizado na região da Serra da Bodoquena.
Nessas rodovias, foram instaladas 115 passagens inferiores de fauna, além de radares eletrônicos e telas condutoras de animais.
Diversas instituições têm trabalhado de forma conjunta para enfrentar esse cenário. Além do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres) e do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), organizações como Onçafari, Instituto Libio, Instituto SOS Pantanal, Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira (INCAB) e o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) estão mobilizadas para buscar soluções para mitigar os atropelamentos.
O foco está em rodovias como a MS-040, MS-267, BR-262, BR-163 e BR-267, além de vias no entorno de Bonito. O observatório também acompanhará os impactos da Rota Bioceânica e de novas concessões rodoviárias, com o intuito de influenciar as políticas públicas e os editais do setor.
Entre maio de 2023 e abril do ano passado, 2.300 animais foram atropelados em trecho de 350 km da BR-262, que liga Campo Grande à ponte do Rio Paraguai, nos biomas Cerrado e Pantanal.
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