Ceasa registra queda na venda de frutas e hortaliças no primeiro trimestre
Volume caiu mais de 2% de janeiro a março, e consumo segue abaixo do ideal, alerta a central

Entre janeiro e março deste ano, a Ceasa-MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) registrou queda na venda de hortigranjeiros. No mesmo período de 2024, foram comercializadas 53.502.415 toneladas de produtos, enquanto em 2025 o volume foi de 52.394.020 toneladas, redução de 1.108.395 toneladas, o que representa queda de 2,07%.
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A redução no volume de frutas e hortaliças foi ainda mais acentuada entre os produtos importados, que apresentaram queda de 58,45% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Em 2024, foram comercializados 533.832 quilos de itens importados, contra 221.804 quilos neste ano.
Em nota, a Ceasa reforça a importância do consumo de frutas e hortaliças para a saúde da população, destacando que esses alimentos são fontes de nutrientes essenciais ao bom funcionamento do organismo, como vitaminas, fibras, minerais, antioxidantes e compostos bioativos.
Apesar dos benefícios, a procura por esses produtos segue em queda. De acordo com um estudo da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), entre 2015 e 2023, apenas 22,5% da população adulta brasileira consumia as cinco porções diárias recomendadas de frutas e hortaliças.
Enquanto o consumo de alimentos in natura diminui, cresce o consumo de produtos ultraprocessados, como refrigerantes, biscoitos recheados, embutidos e margarinas, segundo levantamento da Ceasa.
A nutricionista Maria Tainara Soares Carneiro Vitorino alerta que muitos dos componentes desses alimentos industrializados são produzidos em laboratório, a partir de matérias-primas como petróleo e carvão, é o caso de corantes, aromatizantes e realçadores de sabor.
“Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias, em vez de ultraprocessados. Opte por água, leite e frutas no lugar de refrigerantes, bebidas lácteas e biscoitos recheados”, recomenda.
A nutricionista também orienta que a população evite substituir a comida preparada na hora, como caldos, sopas, saladas, molhos e o tradicional arroz com feijão, por produtos que dispensam preparo culinário, como sopas de pacote, macarrão instantâneo e pratos congelados.
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