Idosa é condenada a 17 anos de prisão por envenenar e esquartejar o marido
Aos 64 anos, Aparecida Graciano foi julgada pelo crime, cometido em maio de 2023
Aparecida Graciano de Souza, 64 anos, foi condenada a 17 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado, por ter envenenado e esquartejado o marido, Antônio Ricardo Cantarin, em crime ocorrido em maio de 2023, em Selvíria, a 400 quilômetros de Campo Grande. Além disso, a dona de casa foi condenada a pagar R$ 10 mil por danos.
RESUMO
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Aparecida Graciano de Souza, de 64 anos, foi condenada a 16 anos e 4 meses de prisão por envenenar e esquartejar o marido, Antônio Ricardo Cantarin, em Selvíria, em maio de 2023. O julgamento ocorreu na 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, onde o juiz Rodrigo Pedrini Marcos leu a sentença, considerando agravantes como o uso de veneno e a ocultação do cadáver. A defesa alegou que o crime foi motivado por abusos sexuais que Aparecida teria sofrido durante o relacionamento, enquanto a acusação sustentou que a ré tinha interesse financeiro nos bens do marido. Aparecida foi presa em 26 de maio, após a descoberta do corpo em uma mala, e inicialmente negou o crime, mas depois confessou. Além da pena de reclusão, ela foi condenada a pagar R$ 10 mil por danos.
O julgamento foi realizado nesta terça-feira, na 1ª Vara Criminal de Três Lagoas e terminou às 18h30.
O juiz Rodrigo Pedrini Marcos, que presidiu a sessão, leu a sentença de condenação, com pena de 12 anos de prisão pelo homicídio, tendo como agravante o fato de ter usado veneno e simulação, com esquartejamento do corpo, que foi jogado em rodovia de Selvíria. Com isso, a pena foi elevada para 16 anos e 4 meses de reclusão. A dosimetria da pena levou em consideração, como atenuante, a confissão do crime.
A pena ainda foi elevada em 1 ano e 10 dias-multa pela ocultação de cadáver, sendo finalizada em 17 anos e 4 meses de reclusão, para ser cumprida em regime fechado, mesmo sob recurso.
Aparecida Graciano foi presa no dia 26 de maio de 2023. Um dia antes, a Polícia Civil tinha encontrado perto da BR-158, área rural de Selvíria, o tronco de homem, dentro de uma mala. A equipe já havia recebido a denúncia de vizinhos de Antônio, preocupados como sumiço dele.
Inicialmente, ela negou o crime, mas, depois confessou. A tese da defesa é que o crime foi cometido depois que a idosa soube que era constantemente estuprada quando estava inconsciente, por conta da embriaguez.
Esses abusos teriam começado a partir do sexto mês de relacionamento, quando ela passou a sentir dores no reto e na garganta, além de apresentar hematomas. Justificou não ter procurado um médico por medo de receber diagnóstico de câncer — doença comum entre seus familiares.
Em maio de 2023, dias antes do crime, notou hematomas nas costas. Disse que, em certo momento, o marido resolveu confessar o que fazia, admitindo os estupros e afirmando que a lesão ocorreu quando a empurrou perto da porta. “Ele falou que, se eu me separasse, ia mandar alguém atrás de mim, ia me matar, matar meus filhos, meus netos”, contou, chorando.
A acusação, no entanto, alegava que ela tinha interesse financeiro, já que cuidava dos bens do marido.