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Meio Ambiente

PMA e voluntários recolhem uma tonelada e meia de lixo no rio Pardo

Viviane Oliveira | 23/03/2012 18:57

Foram recolhidas garrafas pet, vidros de remédios veterinários, cadeiras, tambores e até um barco e uma espingarda

Voluntários recolhem lixo às margens do rio pardo. (Fotos: Viviane Oliveira)
Voluntários recolhem lixo às margens do rio pardo. (Fotos: Viviane Oliveira)

Em menos de 4 horas a PMA (Polícia Militar Ambiental) recolheu uma tonelada e meia de lixo do rio Pardo, em Ribas do Rio Pardo, a 103 quilômetros de Campo Grande. O mutirão de limpeza aconteceu na manhã desta sexta-feira (23).

Foram recolhidas garrafas pet, vidros de remédios veterinários, galões de plásticos, cadeiras velhas, tambores e até um barco e uma espingarda. No total, 11 barcos e cerca de 40 pessoas, entre a PMA, funcionários da Prefeitura e voluntários, participaram da ação. A Prefeitura disponibilizou um caminhão caçamba que recolheu o material retirado do rio.

O objetivo é recolher o lixo - que é deixado pelos próprios moradores - nas matas ciliares da região. De acordo com o major da PMA Ednilson Queiroz, há seis anos é feito o mutirão para impactar a comunidade e mostrar o quanto de lixo tem espalhado em um lugar que eles deveriam preservar.

Os voluntários afirmam que apesar de ter recolhido neste ano mais de uma tonelada de lixo, nos anos anteriores foi pior. Em outras ações já foi encontrado às margens do rio Pardo, televisão e até geladeira.

Nascido e criado no município, o professor Antônio de Oliveira Costa Júnior, 41 anos, lamenta o quanto o rio foi transformado pelo ser humano. “Ao longo dos anos eu vi a transformação de um lugar que era preservado”, relata.

Para Antônio, o que contribuiu para o assoreamento do local foi à construção da primeira usina hidrelétrica no Estado. “Eles construíram a barragem sem nenhuma preocupação ambiental, hoje é visível as conseqüências”, disse.

Foram recolhidas garrafas pet, vidros de remédios veterinários, galões de plásticos, cadeiras velhas, tambores e até um barco e uma espingarda.
Foram recolhidas garrafas pet, vidros de remédios veterinários, galões de plásticos, cadeiras velhas, tambores e até um barco e uma espingarda.

Para não cometer os mesmos erros e preservar o ambiente, o supervisor da construção de uma hidrelétrica no rio Verde e engenheiro ambiental, Rafael Eid Shibayama, acompanhou o mutirão para conhecer de perto o rio Pardo e os seus afluentes.

Para o engenheiro o que mais o preocupa não é a quantidade de lixo encontrado e, sim, o quanto o rio está assoreado. “Infelizmente não é surpresa, tudo que encontramos aqui vem da cidade, ou são jogados no rio pelos próprios moradores”, afirma.

Para o major Queiroz, o que degradou o lugar foi à plantação de eucalipto e a construção da usina, sem cuidados ambientais, na década de 80. “Nós estamos dentro de uma bacia ideográfica, queremos conscientizar as pessoas que tudo que jogar de lixo, o destino final será o rio”.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente do município, Ângelo da Silva, a população não pode esperar só pelo poder público. “Não podemos esperar só pelo poder público para fazer este trabalho. Nós precisamos da participação e conscientização de todos da sociedade”, destaca.

Investido no futuro - Adolescentes do projeto Florestinha da Polícia Militar Ambiental, limparam na manhã de ontem, a praça da Lagoa Itatiaia, em Campo Grande.

Embora a quantidade de lixo recolhido tenha sido grande, cerca de 300 quilos, ela diminuiu em relação à mesma ação realizada no ano passado, quando foi tirada do local uma tonelada de resíduos.

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