Rio da Prata volta a secar, deixa cardume “ilhado” e repete cenário desolador
O leito seco se estende por três quilômetros, nas imediações da Ponte do Curê
RESUMO
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Rio da Prata seca novamente em trecho de MS, repetindo cenário de 2024. O rio, conhecido por suas águas cristalinas, secou na região da Ponte do Curê, em Jardim (MS). No ano passado, a seca se estendeu por seis quilômetros, exigindo o resgate de peixes. Atualmente, o trecho seco abrange três quilômetros. Um cardume de curimba está isolado e pode precisar de resgate caso o rio não se recupere com as chuvas. Em 2024, a estiagem prolongada e a construção de drenos na cabeceira do rio foram apontadas como causas da seca. O Rio da Prata nasce na Serra da Bodoquena e deságua no Rio Miranda, que por sua vez, deságua no Paraguai, principal rio do Pantanal.
O Rio da Prata, famoso por suas águas claras, voltou a secar no trecho da Ponte do Curê, na MS-178, no município de Jardim, a 236 km de Campo Grande. No ano passado, entre julho e o começo de novembro, o cenário foi desolador: não havia uma gota de líquido onde deveria ter rio com até quatro metros de profundidade.
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A água só corria de forma subterrânea, deixando um rastro de morte no leito, com peixes e caranguejos que não resistiram em meio à lama. A seca se estendia por seis quilômetros e exigiu operações para remoção dos cardumes. Com autorização ambiental, os peixes foram levados de barco para o ponto em que o leito do Prata tinha água. Foram socorridos dourados, cascudos, curimbatás, piraputangas, piaus e piaparas.

Agora, em setembro de 2025, o leito seco se estende por três quilômetros, sem afetar os atrativos turísticos. De acordo com o diretor do Instituto Guarda Mirim Ambiental de Jardim, Nisroque da Silva Soares, o volume de água vem diminuindo desde o último dia 6. A esperança era de que a chuva revertesse o quadro, mas não veio em quantidade suficiente para reviver o rio.
O instituto monitora um cardume de curimba, que está “ilhado”, dois quilômetros acima da Ponte do Curê. Caso o leito não se recupere logo, os peixes terão que ser resgatados.
Em 2024, a seca no Rio da Prata, que corre por Bonito e Jardim, foi provocada pela estiagem prolongada e contribuição das construções de drenos na cabeceira do corpo hídrico. O diagnóstico foi feito pela PMA (Polícia Militar Ambiental).
O Prata nasce na região da Serra da Bodoquena e deságua no Miranda, que é tributário do Rio Paraguai, o principal do Pantanal.
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