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Meio Ambiente

Sem chuva há quase 40 dias, estiagem coloca municípios de MS em alerta

Umidade relativa do ar pode chegar aos 14% na região nordeste do Estado

Cleber Gellio | 20/07/2022 11:10
Incêndio no Assentamento Canoas no município de Selvíria. (Foto: Divulgação)
Incêndio no Assentamento Canoas no município de Selvíria. (Foto: Divulgação)

Municípios sul-mato-grossenses enfrentam situação de estiagem extrema devido à falta de chuva. Cassilândia, Inocência e Selvíria, por exemplo, estão na lista dos mais secos, sem chuva significativa há 39 dias. Em alguns casos, segundo o meteorologista Natálio Abraão, já “há situação de seca máxima excepcional, com 44 dias sem chuva significativa”.

Hoje, em algumas cidades da região nordeste do Estado, a umidade relativa mínima do ar pode chegar a 14%. Segundo o boletim, os municípios de Aparecida do Taboado e Paranaíba “devem ficar em alerta e aplicar medidas de contingência devido a umidade relativa extremamente baixa e secura do ar”.

Ao Campo Grande News, a Prefeitura de Aparecida do Taboado informou que até o momento não recebeu nenhum comunicado oficial e que “esse tipo de alerta é emitido de acordo com fontes e orientações estaduais, já que o município não tem serviço de meteorologia”.

Sem previsão de chuva para os próximos dias, de acordo com o diretor geral da Defesa Civil de Mato Grosso do Sul, Fábio Catarineli, o período que se inicia inspira cuidados. Segundo ele, são repassadas às autoridades e à população orientações sobre riscos à saúde.

“Dependendo dos parâmetros, devem ser evitados os exercícios físicos ao ar livre em horários mais quentes do dia, os ambientes devem ser umidificados com a utilização de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água e outros. Também sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, consumir bastante água e outros líquidos. Devemos, principalmente, atentarmos para os mais vulneráveis, como idosos e crianças”.

Para Campo Grande, por exemplo, a última chuva ocorreu no dia 12 de julho, com volume de apenas 8,8 milímetros, e de acordo com o painel Climatempo, não há previsão de chuvas para os próximos 15 dias. Hoje a umidade mínima do ar pode chegar a 25%, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Galho seco e céu aberto indicam dia seco em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)
Galho seco e céu aberto indicam dia seco em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

Vigilantes – Além das questões de saúde, a falta de chuvas no Estado preocupa gestores e acende o alerta para os riscos de queimadas. É caso do município de Selvíria, que no mesmo período do ano passado decretou estado de emergência ambiental em decorrência dos incêndios que acometeram a região ocasionando perdas à fauna local e prejuízos a pequenos produtores.

De acordo com Valticinez Barbosa Santiago, coordenador ambiental do município, a região conta com muitas florestas de eucalipto e clima propício para a proliferação de focos de incêndio.  Segundo ele, o município conta com três assentamentos rurais: Canoas, São Joaquim e Alecrim, sendo que o primeiro já teve foco de incêndio este mês, no entanto controlado.

Este ano, medidas de proteção e prevenção contra queimadas já estão sendo tomadas com antecipação para evitar o ocorrido no ano passado, por meio de orientações e campanhas de conscientização à população e produtores rurais. “Já estamos alertas para que não se repita o que houve em agosto do ano passado. O projeto Adote uma Nascente, que levamos aos produtores rurais e assentamentos, é uma boa ferramenta para amenizar o clima da região e assim reduzir as queimadas”, salientou.

O governo do Estado decretou no início do ano estado de emergência diante da seca, mas a medida durou 180 dias e já chegou ao fim. Em junho, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) decidiu suspender até 31 de dezembro todas as autorizações para queimadas controladas.

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