Usina é multada em R$ 12 milhões por incêndio em canavial e eucaliptos
Várias brigadas trabalharam no combate ao fogo, mas foram precisos dois dias para conter as chamas
A Usina Adecoagro Vale do Ivinhema, no município de Angélica, foi multada em R$ 12 milhões por incêndio que destruiu 3.397 hectares.
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A Usina Adecoagro Vale do Ivinhema, localizada em Angélica, foi multada em R$ 12 milhões após um incêndio que destruiu 3.397 hectares durante operação de colheita na Fazenda Santa Maria. O incidente, ocorrido entre 23 e 24 de agosto, afetou áreas agropastoris, plantações de eucalipto e reservas legais. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu inquérito civil para investigar o dano ambiental. Além da multa, a empresa deverá apresentar um projeto de recuperação da área degradada. A Polícia Civil também investigará possíveis crimes ambientais relacionados ao incidente.
O fogo durou dois dias, no período de 23 a 24 de agosto. Conforme a PMA (Polícia Militar Ambiental), o incêndio começou em área sob administração da usina. Mais precisamente, durante operação de colheita na Fazenda Santa Maria.
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As chamas se alastraram por outras propriedades rurais, queimando áreas agropastoris (canaviais e pastagens), plantação de eucalipto, área de preservação permanente e de reserva legal.
Dos 3.397 hectares atingidos pelas chamas, 3.108 são da atividade agropastoril, 282 hectares de vegetação nativa e reserva legal e seis hectares de cultivo de eucalipto. Várias brigadas trabalharam no combate ao incêndio, mas foram precisos dois dias para debelar as chamas.
De acordo com o auto de infração, não há dúvidas de que a empresa deu causa ao incêndio, pois o fogo teve origem no maquinário em operação. Além da multa, usina deve apresentar ao órgão ambiental um projeto de recuperação de área degradada.
Noutra frente, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu inquérito civil para apurar o dano ambiental, com a possibilidade de acionar o Poder Judiciário.
O promotor Allan Thiago Barbosa Arakaki, que atua em substituição legal no município de Angélica, determinou que o Daex (Departamento Especial de Apoio às Atividades de Execução) elabore relatório técnico e que a Polícia Civil da cidade instaure inquérito para investigar, em tese, os crimes ambientais.
A reportagem entrou em contato com a Adecoagro e aguarda resposta.
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