Agentes de saúde buscam apoio de vereadores por reajuste
Os agentes de saúde de Campo Grande, que paralisaram parte da categoria na terça-feira, estão hoje na Câmara pedindo apoio dos vereadores para negociar reajuste salarial com a prefeitura.
Cerca de 100 profissionais estão em frente à Casa neste momento. Os agentes cobram reposição de perdas salariais, que ultrapassam 60%, segundo o sindicato. A categoria reúne 4 mil servidores em Campo Grande.
Os agentes foram convidados por alguns parlamentares, que devem ocupar a tribuna em defesa da categoria.
A Sesau (Secretária Municipal de Saúde Pública) contesta os números divulgados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública de que 1.200 agentes de saúde teriam aderido à greve.
De acordo com dados da secretaria, apenas 261 servidores, de um total de 1.942 agentes, faltaram ao trabalho ontem.
Hoje, o sindicato estima que 600 estejam paralisados. Cerca de 200 trabalhadores estão em estágio probatório e não podem parar.
De acordo com o coordenador de políticas sindicais, Roney Azambuja, apesar de diminuir o volume de atendimentos, o movimento não paralisou totalmente os serviços executados pelos agentes de saúde, como borrifação de veneno e combate ao mosquito da dengue.
De acordo com o sindicato, outro problema enfrentado pela categoria é a composição do salário dos agentes, que é baseado em produtividade.
"Quando um agente se afasta, por exemplo, com problemas de saúde, ele fica sem receber grande parte do salário", detalhou Roney.
Hoje, segundo ele, o salário de um agente é de R$ 420 e mais E$ 124 de produtividade.