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Política

Aliados apoiam declaração de Bolsonaro e também pedem fim do isolamento

Parlamentares do PSL seguem discurso do presidente, sobre retorno das atividades e confinamento apenas do grupo de risco

Leonardo Rocha | 25/03/2020 13:35

Os parlamentares de Mato Grosso do Sul, que são aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), apoiaram o seu pronunciamento de ontem (24), sobre as medidas contra o coronavírus. Eles também defendem o fim do isolamento, deixando o “confinamento” apenas aos grupos de risco, assim como retorno das atividades econômicas.

O deputado federal Luiz Ovando (PSL) disse que o presidente foi corajoso em sua declaração, e que caso houver uma paralisação em massa (atividades) será uma ação “suicida” para economia do Brasil. “Como o vírus já está em circulação, precisa apenas isolar os idosos e grupos de risco, o restante precisa voltar ao trabalho, até para adquirir imunidade coletiva”.

Ele ainda alega que o País “não aguenta" ficar dois meses parado . “Os idosos devem ficar em casa, mas eles representam apenas 11,6% da população, então protege, já a população ativa volta as atividades. Quem garante que no confinamento, ao ir no supermercado ou farmácia não vai adquirir o vírus?”.

O deputado estadual Renan Contar (PSL) segue o mesmo discurso, ao mencionar o isolamento poderá gerar problemas como desemprego, desabastecimento, falência dos meios de produção, violência e fome.

“Se o Brasil continuar parado, iremos sucumbir além do vírus. Se a economia não fluir, empresas ficarão sem dinheiro e, consequentemente, as pessoas ficarão sem dinheiro. Logo, não poderão comprar comida ou remédios”. O parlamentar também defende o isolamento aos idosos e pessoas do grupo de risco.

O discurso do deputado (estadual) Carlos Alberto David (PSL) é semelhante. “Isola os idosos e os que fazem parte do grupo de risco. Mas precisamos manter a economia aquecida, pois essa guerra contra o vírus precisa de recursos. E o país só terá esses recursos se a economia continuar girando”.

Já o deputado federal Loester Nunes (PSL) foi mais comedido, ao dizer que irá seguir as recomendações feitas pelo Ministério da Saúde, e ainda diz que se tiver retorno do transporte e comércio, precisa ter bastante cuidado. “Cada um usando a sabedoria e bom senso, já os grupos de risco devem ficar em casa”.

Pronunciamento – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez ontem (24) um pronunciamento oficial, onde disse que era preciso “conter o pânico e histeria” e evitar o desemprego, ao defender que o País volte a “normalidade”, questionando inclusive o fechamento dos transportes coletivos, comércios e até as aulas.

Também citou que 90% da população “não terá sintomas” e que o confinamento deve ser dos idosos e grupos de risco. A declaração gerou repercussão, com muitas críticas de governadores e parlamentares, até porque o Ministério da Saúde recomendou que as pessoas ficassem em casa.

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