ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  27    CAMPO GRANDE 25º

Política

Antes de transferência, deputado acusado de matar Marielle é expulso do União

Decisão antecede a vinda de Chiquinho Brazão para o Presídio Federal de Campo Grande

Por Gustavo Bonotto | 24/03/2024 19:55
Chiquinho Brazão durante sessão na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). (Foto: Arquivo/Agência Brasil)
Chiquinho Brazão durante sessão na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

A executiva nacional do partido União Brasil decidiu, na noite deste domingo (24), expulsar o deputado federal Chiquinho Brazão, preso pela suspeita de mandar matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Franco. A decisão antecede a transferência do parlamentar para o Presídio Federal de Campo Grande, após ter mandado de prisão preventiva determinado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Conforme apurado, a legenda determinou o cancelamento da filiação partidária do deputado de forma virtual, em reunião que durou certa de uma hora. A decisão foi unânime entre os presentes. O relator do processo de expulsão foi o senador Efraim Filho.

Inicialmente, a reunião estava prevista para ocorrer na terça-feira (26), mas membros do partido resolveram antecipar o encontro. Eles afirmaram que a gravidade da situação impôs a necessidade de tratar do assunto o quanto antes.

Secretário-geral da União Brasil, ACM Neto diz ao Painel da Folha de São Paulo que a expulsão é um ato político simbólico e emblemático. "O partido compreendeu que dada a gravidade e o absurdo do envolvimento do deputado, nós não poderíamos sequer aguardar o dia de amanhã. Foi feita essa reunião agora à noite para que a resposta fosse contundente de expulsão do parlamentar", disse.

Operação - Além de Chiquinho, também foi preso o irmão, Domingos Brazão, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa. Os três foram alvos de mandados de prisão preventiva expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes.

A Operação Murder, Inc. foi deflagrada pela PGR (Procuradoria-Geral da República), pelo MPF-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e pela PF (Polícia Federal). O caso era investigado pela PF desde fevereiro do ano passado.

As prisões deste domingo são tratadas na PF como uma grande conquista, já que o caso havia sido terminado sem chegar a mandantes. No início do ano passado, primeiros meses do governo Lula, o novo superintendente da polícia no Rio reabriu a apuração, desta vez em âmbito federal.

Os presos passaram por audiência de custódia – de maneira remota – na sede da PF no Rio, fizeram exames de corpo de delito no Aeroporto Internacional Tom Jobim e serão encaminhados para a Penitenciária Federal de Brasília.

Segundo apurado pelo canal de televisão por assinatura GloboNews, todos vão passar a noite em Brasília, em celas distantes. Depois, serão separados e enviados para presídios federais distintos: Rivaldo Barbosa vai para o presídio federal em Brasília (DF), Chiquinho Brazão para Campo Grande e Domingos Brazão para Porto Velho (RO).

Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News no WhatsApp e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias