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Política

Após debate sobre “cristãos” e “LGBTs”, Câmara aprova novo conselho de cultura

O projeto do Executivo municipal chegou à Casa no dia 5 de agosto, mas só hoje pautou longo debate entre vereadores

Anahi Zurutuza e Fernanda Palheta | 12/09/2019 13:56
Vereadores durante discussões na sessão desta quinta-feira na Câmara de Campo Grande (Foto: Fernanda Palheta)
Vereadores durante discussões na sessão desta quinta-feira na Câmara de Campo Grande (Foto: Fernanda Palheta)

Em meio a debate entre a bancada evangélica e vereadores que defendem a causa LGBT, a Câmara aprovou nesta quinta-feira (12) nova formulação para o Conselho Municipal de Cultura. O projeto do Executivo municipal chegou à Casa no dia 5 de agosto, mas só hoje foi tema de longo debate entre vereadores.

Depois de entrar na pauta e receber um voto favorável, o vereador Jeremias Flores (Avante) decidiu apresentar uma emenda – assinada também pelos vereadores Roberto Santana dos Santos, o Betinho (Republicanos), Odilon de Oliveira (PDT), Eduardo Cury (sem partido) e Junior Longo (PSB) – para garantir uma cadeira de representante “cristão” no conselho.

Foi então que Hederson Fritz Morais da Silveira (PSD) e Valdir Gomes (PP) reagiram. Os dois decidiram apresentar emendas que garantissem também um representante a comunidade LGTB no colegiado.

O presidente da Câmara, vereador João Rocha (PSDB), até queria abrir uma exceção para análise e votação de emendas ainda na sessão desta quinta, mas a iniciativa gerou protestos.

Otávio Trad (PTB), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), pediu vistas das emendas, o que travaria a votação até a próxima sessão e olhe lá.

Já Eduardo Romero (Rede) defendeu a importância de aprovar a mudança no conselho o quanto antes. “O município tem de ter um CPF de cultura. Conselho, plano e fundo. O nosso conselho está defasado e precisa ser atualizado”.

O parlamentar disse ainda que se uma exceção fosse aberta para o “lapso” do vereador Jeremias que não conseguiu apresentar a emenda antes do início da votação, outras situações parecidas também poderiam passar. “Onde passa um boi passa uma boiada”.

Diante do debate interminável, tanto a bancada evangélica quanto os representantes dos LGBTs retiraram as emendas e o projeto foi aprovado com 23 votos favoráveis e nenhum contra.

A proposta aumenta o número de membros do conselho de 14 para 36 e muda a nomenclatura para Conselho Municipal de Políticas Culturais.

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