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Política

Após decisão da Justiça, presos são avisados para arrumarem as malas

Paulo Yafusso | 21/06/2016 16:23
Ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, ao chegar no Centro de Triagem, dia 16 de maio, de onde deve sair a qualquer momento (Foto: Marco Miatelo/Diário Digital)
Ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, ao chegar no Centro de Triagem, dia 16 de maio, de onde deve sair a qualquer momento (Foto: Marco Miatelo/Diário Digital)

Os presos na Operação Fazendas de Lama que estão recolhidos no Centro de Triagem em Campo Grande, foram avisados no meio da tarde desta terça-feira (21) que serão soltos. A notícia foi dada pelos próprios advogados cerca de uma depois que tomaram conhecimento da decisão do ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), que concedeu liminar ao pedido de HC (Habeas Corpus) impetrado no início da semana passada.

Os advogados foram até o Centro de Triagem para dar a notícia e também para que os presos possam preparar as malas. O advogado Hilário Carlos de Oliveira, que defende o servidor da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, e da filha dele, Mariane Mariano de Oliveira, deixou o Centro de Triagem e foi direto ao Fórum da Justiça Federal.

Pelos trâmites, o STF comunica o juiz federal do Estado, que entrega o alvará de soltura dos presos. Segundo Hilário de Oliveira, na Justiça Federal não foi informado quando os documentos serão entregues à direção do Centro de Triagem, para que os presos sejam soltos.

No Centro de Triagem estão recolhidos o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco, o ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, o cunhado dele, empresário em Tanabi (SP), Flávio Henrique Scrocchio, e Beto Mariano.

Também estavam em prisão preventiva, sendo cumprida em regime domiciliar, a mulher de Giroto, Rachel Portela Giroto, Elza Cristina dos Santos, sócia de João Amorim na Proteco, Mariane Mariano de Oliveira, filha de Beto Mariano, e Ana Paula Amorim Dolzan, filha de João Amorim, que cumpre prisão na casa onde mora no Rio Grande do Sul.

Todos foram presos temporariamente (por cinco dias) na Operação Fazendas de Lama, deflagrada no dia 10 de maio, e posteriormente tiveram as prisões convertidas em preventiva. Antes dessa decisão do STF, os advogados tentaram a revogação das prisões na Justiça Federal em Campo Grande.

Com os pedidos indeferidos, tentaram no TRF3 (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, com sede em São Paulo, onde também não tiveram sucesso. Partiram então para o STJ (Superior Tribunal de Justiça), que igualmente indeferiu os pedidos de liminar ao HC. Seguindo o rito, buscaram então o STF, onde nesta terça-feira conseguiram a liminar.

A Fazendas de Lama é a segunda fase da Operação Lama Asfáltica, realizada no dia 9 de julho do ano passado, em investigação sobre desvio de recursos federais na execução de obras no Estado. Nesta segunda fase, a investigação esteve concentrada no destino do dinheiro supostamente desviado.

De acordo com as investigações, o grupo fraudava licitações para beneficiar empreiteiras do esquema. O dinheiro era desviado por meio de pagamentos por serviços não realizados ou executados com qualidade inferior ao contratado.

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