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Política

"Artuzi recebia meio milhão por mês", diz secretário

Redação | 01/09/2010 15:22

Responsável por denunciar à Polícia Federal as fraudes em licitações, o secretário de Governo Eleandro Passaia calcula que o esquema rendia ao prefeito de Dourados, Ari Artuzi, R$ 500 mil por mês. A declaração foi feita em entrevista coletiva, nesta tarde, na PF, em Dourados.

O secretário afirmou que para cada licitação o prefeito queria receber 10%. E que ele (Passaia), se quisesse, podia receber até R$ 100 mil de propina por mês.

"Eu calculei, se me dariam até R$ 100 mil, o prefeito não recebia menos de R$ 500 mil", disse. "A cidade tem sido saqueada há mais de duas décadas", acrescentou.

De acordo com Passaia, o vice-prefeito Carlinhos Cantor também recebeu dinheiro da fraude em licitações.

Ele disse ainda que empreiteiros, em conversas gravadas, disseram que o esquema também existiu em administrações anteriores.

Passaia disse ter recebido das mãos do prefeito R$ 15 mil vindos de empreiteiras, mas repassou o dinheiro à Polícia Federal.

Durante todo o dia de hoje, o ex-secretário de Governo informou pelo twitter e orkut que recebeu ameaças de morte, mas não tem proteção especial da PF.

Passaia trabalhou na campanha que elegeu Ari Artuzi e disse que a opção foi porque "acreditava" no projeto. "Mas me decepcionei".

Depois, assumiu como assessor de Comunicação, pediu para sair após Operação Owari e neste ano voltou à prefeitura.

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