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Política

Dia de posse: Diante de crise, Ruiter fala de desafios

Redação | 01/01/2009 10:11

Prefeito reeleito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira (PT) tem um desafio para a próxima gestão: enfrentar a crise econômica que atingiu diretamente o município, a partir da paralisação das mineradoras. Reeleito com 81,31% dos votos válidos, o corumbaense quer incrementar o setor turístico e aproveitar o Pantanal para atrair pessoas e riquezas para a cidade.Em entrevista ao Campo Grande News, Ruiter antecipou alguns dos projetos para 2009.

A crise mundial afetou os municípios, e Corumbá não é diferente, com a paralisação das mineradoras, demissões e menos dinheiro circulando. O que fazer para conter este problema?

A crise afetou e muito, hoje a gente tem um cenário muito preocupante no município, todas as grandes mineradoras e siderúrgicas paralisaram, há expectativa de retorno em 90 dias, mas ainda estamos em processo de calcular a dimensão dessa crise. Em decorrência disso há demissões, falta de circulação de riquezas, portanto prejudica substancialmente a questão do desenvolvimento de Corumbá e impacta a receita municipal.

Corumbá perdeu em exportações para Dourados este ano, como reverter isso?

Essa queda nas exportações tem muito em relação a isso ai, porque grande parte da produção vai para o mercado internacional, então ficamos muito prejudicados.

Termos que aguardar mesmo. Vemos que a commodity minério de ferro tem tendência de se recuperar, Corumbá é a melhor jazida, tecnicamente falando, ainda há demanda pelo minério de Corumbá o que nos leva a crer que as atividades serão retomadas.

A empresa Rio tinto tem um projeto de expansão e garante para nós que vai executá-lo, o que sinaliza que há possibilidade de retomar a normalidade econômica.

Qual a expectativa do senhor e do povo corumbaense para a chegada do presidente Lula à cidade no dia 15?

Muito positiva, primeiro porque o presidente Lula goza de um prestigio muito grande com o povo corumbaense, tem sido responsável direto pela transformação que Corumbá passa, em decorrência do PAC , da recuperação da 262.

E de que forma as obras do PAC estão mudando Corumbá?

Elas estão tocando dois pontos vitais aqui, primeiro a questão de saneamento, nós não tínhamos nem 1% de esgoto, e a partir as obras do PAC, serão atendidos mais de 80% do município de Corumbá. Outra questão é a drenagem, infra-estrutura, e construção de casas. Segundo dados do governo, Corumbá era o município que tinha o maior déficit habitacional do Estado e isso vai ser amenizado a partir de agora.

O senhor anunciou ajustes na máquina para este mandato, o que seria isso na prática?

Vamos vendo o que a gente entende que não andou muito bem neste primeiro mandato para que a máquina tenha eficiência maior, alguns pontos precisam ser ajustados, e alguma coisa também está passando por mudanças por causa da crise. Então vamos fazendo alterações na estrutura administrativa. Minha idéia é começar o governo preenchendo apenas os cargos básicos, e algumas pessoas vão tendo que acumular funções.

O que significa administrar um município que faz fronteira com a Bolívia, no aspecto econômico e de segurança pública?

Tem os dois lados realmente, economicamente, em relação ao dólar, a gente tem vantagem e desvantagem em alguma época, o dólar alto inibe a ida à Bolívia e se consome mais no comercio interno. E o inverso também é verdade, mas vejo essa relação como muito confortável, apesar dos problemas, há uma relação de proximidade com a Bolívia, temos um problema crucial da segurança, mas temos feito reuniões, discussões para alterar esse quadro, tem problema de legislação. A Bolívia não reconhece algumas questões, que aqui é crime e lá não.

A violência tem crescido em todos os lugares, mas em Corumbá notamos muitos assaltos. Como mudar?

Na verdade temos cobrado, mas as unidades não estão adequadamente equipadas, então o que temos feito é sensibilizar o governo sobre a necessidade de investimento na fronteira. Alguma coisa melhorou, mas conversando com os comandantes, eles ainda se queixam que faltam recursos humanos, mais policiais, e não tem.

Parece que vai haver um concurso e que parte vai pra Corumbá, estamos nessa expectativa. Estamos fazendo uma parceria da PM com a guarda municipal, não tem o mesmo peso, mas serve no auxilio.

E no setor de turismo, tão explorado por Corumbá, vai haver novidades em 2009?

Já está consolidada a questão de eventos, mas Corumbá está inserido entre os 65 municípios dentro do plano nacional do turismo, nosso plano então é dinamizar ainda mais o potencial, a pesca é um setor que já está consolidado, no setor de eventos também estamos caminhando pra isso, mas tem a questão histórica, o turismo contemplativo, queremos aproveitar de fato de o Pantanal ficar no nosso território, porque ainda há muito campo para ser explorado.

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