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Política

Brasília virou campo de guerra, diz sindicalista de MS sobre protestos

Paulo Nonato de Souza | 24/05/2017 17:12
No protesto contra Temer e as reformas trabalhistas e da Previdência, Brasília virou um campo de batalha nesta quarta-feira (Foto: Elielton Lopes/G1)
No protesto contra Temer e as reformas trabalhistas e da Previdência, Brasília virou um campo de batalha nesta quarta-feira (Foto: Elielton Lopes/G1)

Batizado de “Ocupa Brasília”, o protesto contra o presidente Michel Temer e as reformas trabalhistas e da Previdência, nesta quarta-feira, 24, na capital federal, acabou em confronto entre manifestantes e a Polícia Militar, depredações na Esplanada dos Ministérios, bombas de efeito moral, spray de pimenta, gás lacrimogêneo, incêndios e um saldo de várias pessoas feridas.

“Brasília virou um campo de guerra”, disse ao Campo Grande News o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli, que chefiou uma delegação de 18 ônibus com trabalhadores na área da educação de Campo Grande e vários outros municípios sul-mato-grossenses.

Segundo Botareli, o ato de protesto foi bom até o início da Esplanada dos Ministérios, desde o estacionamento do Estádio Mané Garrincha, que serviu como área de concentração dos manifestantes vindos de todos os estados do País.

Brasília em guerra, incêndios, bombas de efeito moral, spray de pimenta e gás lacrimogêneo (Foto: Ueslei Marcelino)
Brasília em guerra, incêndios, bombas de efeito moral, spray de pimenta e gás lacrimogêneo (Foto: Ueslei Marcelino)

“Estava tudo bem na nossa caminhada, mas quando chegamos na Esplanada dos Ministérios tudo mudou. Teve a infiltração dos black blocks (pessoas mascaradas e vestidas de preto) e o pau comeu solto, virou praça de guerra, muita violência, e a PM teve até o reforço do Exército. Aí tivemos que nos dispersar”, comentou Botarelli. "Teve disparos de arma letal, a gente ouviu", disse ele. De fato, em meio a uma sequência de atos de vandalismo, policiais militares do Distrito Federal foram flagrados fazendo disparos com arma de fogo. Por conta da confusão o ato iniciado por volta de 13h (MS) foi encerrado antes do previsto.

Atendendo convocação do PT e de outros partidos de oposição, da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e várias outras centrais sindicais, grupos de esquerda e movimentos sociais, cerca de 2,3 mil trabalhadores sul-mato-grossenses dos mais diversos segmentos foram a Brasília participar do movimento de protesto.

A ideia inicial era protestar contra as propostas de reforma do Governo Federal, mas o ato acabou ganhando novos contornos depois das delações premiadas dos donos da JBS envolvendo o presidente Michel Temer.

“Viemos com um total de 45 ônibus, 18 somente da Fetems. Felizmente nada aconteceu com o nosso pessoal. Estava todo mundo muito bem orientado sobre a possibilidade de haver violência, porque isso sempre acontece em atos de protestos em Brasília”, declarou Botarelli.

De acordo com o dirigente da Fetems, a manifestação desta quarta-feira em Brasília reuniu pelo menos 100 mil pessoas. Pelos cálculos da Polícia Militar o evento teve 35 mil pessoas.

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