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Política

Compra de votos: Bueno denuncia chantagem e demite 2 assessores

Aline dos Santos e Jéssica Benitez | 11/07/2013 11:58
Vereador revelou chantagem e diz que novas testemunhas não podem ser ouvidas pela Justiça Eleitoral. (Foto: Cleber Gellio)
Vereador revelou chantagem e diz que novas testemunhas não podem ser ouvidas pela Justiça Eleitoral. (Foto: Cleber Gellio)

O vereador Alceu Bueno (PSL), que responde a processo por compra de votos por meio de distribuição de vale-combustível, relata ter sofrido chantagem e anunciou hoje a demissão de dois assessores. “Faz dois meses que eu estava sentindo, mas não tinha provas. Ontem, consegui as provas”, afirma o vereador.

Segundo ele, um dos assessores devia para um agiota. Contudo, ele não revelou os nomes dos assessores, o tipo de chantagem e nem quais as provas obtidas. “Não posso revelar porque é estratégia de defesa”, diz. Os dois são testemunhas contra Bueno.

Ontem, foi cancelada uma audiência na Justiça Eleitoral sobre a denúncia. De acordo com o vereador, a defesa obteve liminar para que os assessores não sejam ouvidos. “A jurisprudência diz que a produção de prova testemunhal em alegação final é inviável. Após o encerramento da instrução processual, não se admite produção de provas nem oitivas”, declara.

Quanto à denúncia de compra de voto, o parlamentar afirma que está tranquilo. Na versão do promotor Clóvis Smaniotto, a audiência de ontem foi suspensa porque surgiram novas provas contra o vereador, que evidenciam o esquema da distribuição de vale-combustível no valor de R$ 50 mil. Segundo o promotor, a denúncia ganha mais peso e pode resultar na cassação do vereador.

O caso tramita na 36ª Zona Eleitoral, cuja titular é a juíza Elisabeth Rosa Baisch. A conduta da magistrada foi questionada hoje pelo presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Mário César (PMDB), que chegou a ter o mandato cassado.

“Não se sabe qual o juízo de valor que a juíza está fazendo. Sempre surpreendendo os vereadores. Não sei qual é o critério, tese, princípio adotado pata tomar essas atitudes. Tudo deveria ter sido feto de forma diferente lá atrás, separadamente, porque cada caso é um caso”, afirma.


Além de Alceu Bueno, os vereadores Paulo Pedra (PDT), Thaís Helena (PT) – que atualmente é secretária municipal -, e Delei Pinheiro (PSD) também são investigados pela acusação de compra de votos. Conforme a juíza, os casos, que seriam julgados juntos, foi desmembrado a pedido do promotor, para que as testemunhas sejam ouvidas separadamente e, assim, de forma mais organizada.

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