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Política

CPI pode apurar responsáveis por mosca do estábulo

Redação | 31/08/2010 10:11

A Assembleia Legislativa analisa a possibilidade de abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar responsabilidades a respeito da disseminação da mosca do estábulo.

O surto tem acometido o rebanho da região Sul, principalmente de Angélica. Segundo pesquisadores da Embrapa Gado de Corte, a praga vem sendo considerada mais agressiva do que a mosca do chifre.

Além de ser resistente aos inseticidas existentes, o inseto causa mais estresse nos bovinos, porque tem a picada mais dolorida.

A proposta de CPI partiu do próprio presidente da Casa, Jerson Domingos (PMDB). O deputado Ary Rigo (PSDB), que tem propriedade na região e está sendo vítima do problema, também ocupou a tribuna para falar sobre o assunto.

De acordo com ele, a disseminação de usinas de açúcar e álcool na região contribuiu de forma decisiva com o aparecimento da praga da mosca do estábulo.

"Antes das usinas não tinha mosca, sempre tive eqüinos, animais, e nunca tive esse tipo de problema", declarou.

O parlamentar destacou que a idéia não é lutar pelo fechamento das usinas, mas obrigá-las a se responsabilizar pela questão. "Temos que obriga-las a se enquadrar", complementou.

Rigo disse que vai acionar a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Secretaria de Produção e governo do Estado para encaminhar a questão.

"Se o pessoal das usinas não resolver, sou o primeiro a pedir essa CPI", anunciou.

O deputado Pedro Kemp (PT) aparteou o colega e reforçou que o vinhoto liberado pelas usinas é o principal responsável pelo aparecimento da mosca.

Ele enfatizou que, antes da abertura de uma CPI, a Assembleia pretende colaborar para que estudos técnicos sejam feitos, na tentativa de resolver o problema.

Além de sugar o sangue, a mosca causa o agrupamento do rebanho bovino. O boi acaba ficando sem pastar, apesar da abundância de pastagem, e perde peso.

A mosca do estábulo é natural em regiões tropicais e subtropicais. O ataque é comum em animais confinados, como eqüinos, suínos e gado leiteiro.

Outro problema é que o inseto, que é hematófago, pode acabar transmitindo doenças como a brucelose para os seres humanos.

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