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Política

Deputados acreditam que Nelsinho acertou em puxar a orelha de partidos rebeldes

Ítalo Milhomem | 21/06/2011 12:18

Após o prefeito da Capital, Nelsinho Trad (PMDB) ameaçar de demissão todo seu secretariado e comissionados de segundo e terceiro escalão, os deputado estaduais acreditam que ele fez a coisa certa ao exigir fidelidade e a contenção de críticas à administração municipal.

O deputado petista Paulo Duarte afirmou que Nelsinho fez bem e não cometer o mesmo erro que o Partido dos Trabalhadores cometeu em 2006, no governo Zeca do PT. Na época, o governador manteve nas secretarias, partidos que faziam parte base aliada, mas articulavam a sucessão com o candidato da oposição. Com isso o senador Delcídio do Amara e o PT foram derrotados pelo governador André Puccinelli (PMDB).

“Foi politicamente certo” afirmou Duarte.

O deputado Marquinhos Trad (PMDB) também acredita na “política” acertada de seu irmão Nelsinho.

“O Athayde cassou os infiéis do PPS, mas fez campanha para outros candidatos como o Mandetta (DEM), pichou os muros contra o André (Puccinelli) na história do lixogate e seis meses depois era o maior defensor dele. Foi secretário do prefeito,vereador da base e agora começa a criticar a administração? As pessoas que andam na margem do rio e não são quentes nem frias, são mornas e são vomitadas”, disse Marquinhos.

Para o deputado George Takimoto (PSL), se ele não chamasse a atenção do secretariado

Nelsinho seria incompetente.

“Ele é o prefeito, é responsável pelo que acontece na cidade. Se o assessor

é amigo, é aliado, é do mesmo partido, não importa. Governo é para dar

resultados que o povo precisa. E o prefeito que não cobra torna-se tão

incompetente quanto os que precisam ser cobrados”, analisa.

Críticas o ex-vereador da Capital e atual deputado estadual, Alcides Bernal (PP) disse que as declarações do prefeito parecem “conversa de bêbado com delegado” para tentar se justificar para população. Ele comenta que as duas piores secretarias do município são indicações pessoais de Nelsinho.

“O secretário de saúde era o Mandetta primo-irmão dele, depois veio o cunhado. É indicação dele. Nas obras, primeiro foi o Giroto, depois o Cabral e agora o De Marco, pessoas que estão há 20 anos no grupo político e também foi indicação dele. Ele é o responsável”, afirma Bernal.

O deputado Paulo Corrêa (PR) afirmou que como engenheiro está triste em ver a Capital com obras muito lentas ou paradas.

“Na da contra o secretário, mas nas obras do shopping, abre avenida, fecha avenida... a obra vai durar um ano e meio somente para fazer um bueiro”, comentou Corrêa.

Ele afirma que o PR não tem secretarias na gestão municipal, mas vai se reunir na próxima segunda-feira (27), com os vereadores do partido para discutir que rumo tomar, ver se eles têm algum cargo comissionado dentro da administração. Caso o prefeito defina, que os partidos que terão candidatos ao pleito de 2012 terão que se retirar da base, eles deixaram os cargos que tiverem.

“Está sendo discutido com Nelsinho. Nós temos candidato, é o Giroto e vamos até o fim, se tivermos algum cargo vamos assumir o prejuízo. O Giroto foi secretário de obras do Nelsinho, quando as obras andavam, foi o deputado federal mais votado do país proporcionalmente. Você acha que agora que ganhamos um senador, temos dois vereadores e três deputados não vamos disputar a prefeitura?” questionou Corrêa.

Duarte, que tem o PT fora da base na Capital afirma que a decisão de chamar atenção dos secretários pode ter acontecido muito atrasada.

“Com certeza não é somente a questão política. Pelo acesso as pesquisas que temos, a aceitação do Nelsinho tem caído com a população, devido a falta de agilidade nas obras e em outras ações. O que pode pesar é se isso não foi feito tarde de mais. A prefeitura está se definhando seis meses antes do normal, quando se está encerrando a administração”, comentou o petista.

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