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Política

Deputados de MS admitem cancelar recesso, mas discordam sobre Temer

Câmara Federal pode avaliar denúncia contra Temer no recesso

Leonardo Rocha | 16/06/2017 12:20
Geraldo Resende (PSDB) e Carlos Marun (PSDB) dizem estar a disposição para votar denúncia no recesso (Foto: Divulgação)
Geraldo Resende (PSDB) e Carlos Marun (PSDB) dizem estar a disposição para votar denúncia no recesso (Foto: Divulgação)

Os deputados federais de Mato Grosso do Sul não veem objeção em cancelar o recesso, para avaliar eventual denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) pelos crimes de corrupção passiva e obstrução à Justiça, contra o presidente Michel Temer (PMDB), mas divergem sobre a possível votação.

Carlos Marun (PMDB), um dos principais aliados do presidente, ressaltou que uma pauta como esta precisa ser prioridade, sem espaço para recesso. "Temos que resolver e votar o quanto antes, com rapidez, tendo o processo no máximo de 10 dias, para que não prejudique a economia e estabilidade do Brasil", disse ele.

O peemedebista ressaltou que a oposição irá tentar "obstruir" os trabalhos, para prolongar ao máximo o processo. "Eles não tem os votos suficientes, por isso vão tentar desgastar a imagem do presidente, se acham grandes, mas fazem parte da minoria". São necessários 342 dos 513 deputados, para autorizar a investigação contra Temer no STF (Supremo Tribunal Federal).

Já Dagoberto Nogueira (PDT), que faz parte da oposição, também é a favor de cancelar o recesso, mas diferente do colega, irá votar para que a denúncia seja investigada pelo Supremo. "Já tem elementos mais do que suficientes para investigação, a ex-presidente Dilma (Rousseff) caiu por muito menos".

O deputado Geraldo Resende (PSDB) se colocou a disposição para estar em Brasília em julho, mas manteve cautela sobre eventual denúncia contra Temer. "Precisamos esperar para avaliar o conteúdo e teor (denúncia), além disto o partido deve se reunir e definir uma posição, que vou seguir junto".

Denúncia - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve formalizar na semana que vem, uma denúncia pelos crimes de corrupção passiva e obstrução à Justiça, contra o presidente Michel Temer, tendo como base as delações e provas entregues pelos donos da JBS. Também deve ser incluído o episódio da entrega de mala de R$ 500 mil ao ex-deputado Rocha Loures.

A denúncia precisa ser aceita por dois terços da Câmara Federal (342 dos 513), para autorizar o Supremo Tribunal Federal a investigar o presidente. De acordo com o presidente da Casa de Leis, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), este processo terá prioridade, se for necessário, cancelando o recesso, marcado a partir de 18 de julho.

O Campo Grande News entrou em contato com os demais deputados: Zeca do PT, Vander Loubet (PT), Elizeu Dionízio (PSDB), Tereza Cristina (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), mas eles não atenderam as ligações, até o fechamento da reportagem.

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