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Política

Dois anos após eleição de Bolsonaro, militares aumentam em 39% nas urnas de MS

Para o pleito de 2020, são 11 militares em atividade e 42 reformados

Guilherme Correia | 23/10/2020 15:23

Dois anos após eleição do presidente Jair Bolsonaro (atualmente sem partido), a força nas urnas do discurso pró-Forças Armadas ainda parece empolgar. O número de candidatos que se declararam militares aumentou aproximadamente 39,47% entre os municípios de Mato Grosso do Sul.

Para as eleições municipais de 2016, eram três candidatos membros das forças armadas e 35 militares reformados. Para o pleito de 2020, são 11 militares em atividade e 42 reformados.

Maior parte dos candidatos no Estado deve concorrer pelo PSL (Partido Social Liberal), partido que lançou candidatura do ex-capitão a nível nacional há dois anos.

Cientista político e professor pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Daniel Estevão comenta que o contexto político no País é favorável a membros das forças armadas, já que o número de mlitares no governo Bolsonaro dobrou. "Isso estimula com certeza os militares a se engajarem em eleições".

Entre os demais partidos com militares candidatos, PSD (Partido Social Democrático) vai lançar sete candidaturas, além do Patriota (5), Partido Progressista (4), Republicanos (4), Democratas (3), MDB (3), PDT (3), PSB (3), PTB (3), Partido Liberal (1), PSC (1), PSDB (1), PV (1) e PT (1).

Ocupam cargos - Além disso, o Estado tem seis militares reformados que foram eleitos nas eleições passadas.

Quatro deles tentam reeleição - Maximo Carlos Guimarães (MDB) em Batayporã, Adauto Alves de Macedo (DEM) em Rochedo e José Carlos de Matos Mauro (PSD), que mudou ocupação para “vereador” em Itaporã.

Além deles, o agora declarado “vereador” Ademir Souza Almeida (DEM) tenta cargo de prefeito da cidade de Guia Lopes da Laguna.

Em outros cargos de segurança pública, houve baixo aumento ou até redução no número de candidaturas. Eram 14 bombeiros em 2016, e agora são 11.

Estevão comenta que possivelmente há mais militares do que bombeiros, por exemplo, pelo simples fato de haver maior contingente entre esse grupo. "As forças armadas têm mais efetivo do que os bombeiros, por exemplo".

Além disso, eu imagino que como os efetivos dos bombeiros ou PMs não são tão grandes, para a pessoa fazer campanha, tem que se licenciar, o que desfalca a corporação.

Foram 21 policiais civis nas últimas eleições e são 14 nas deste ano. Entre policiais militares, foi de 44 para 46. Nas últimas eleições, ao todo, cinco policiais foram eleitos.

(*) matéria atualizada às 18h09 para acréscimo de informações

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