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Política

Kátia Abreu concorda com Ciro e diz que #elenão favoreceu Bolsonaro

A senadora vice de Ciro Gomes (PDT) está em Campo Grande em agenda política de campanha

Izabela Sanchez e Leonardo Rocha | 03/10/2018 11:19
A senadora e candidata à vice-presidência pelo PDT, Kátia Abreu (Henrique Kawaminami)
A senadora e candidata à vice-presidência pelo PDT, Kátia Abreu (Henrique Kawaminami)

Candidata à vice-presidência do Brasil pelo PDT, a vice de Ciro Gomes, Kátia Abreu, está em Campo Grande e afirmou, nesta quarta-feira (3), que o movimento #elenão, que levou milhares de mulheres às ruas contra o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), foi um erro. A senadora declarou que concorda com Ciro e alega que o movimento ganhou estigma de ser “petista”.

“Concordo com Ciro porque do ponto de vista político foi interpretado como um movimento petista e não como um movimento das mulheres. O PT é culpado por isso, por fazer essa junção nas redes sociais, o que deturpou a manifestação. Entendo que por isso, no final das contas, os resultados não foram positivos, pelo contrário”, declarou.

Kátia Abreu ainda afirmou que Ciro defende o direito das mulheres, “principalmente em relação ao respeito que as mulheres precisam ter na sociedade”.

Ponto de equilíbrio – A candidata afirma que Ciro é o ponto de equilíbrio de uma eleição polarizada. “Ciro é o candidato que pode trazer paz em um país dividido entre aqueles que não querem o Bolsonaro nem a volta do PT”, opina.

A senadora defende que Ciro é o único candidato preparado para "conduzir reformas e retomar a economia". Haddad ou Bolsonaro, explica, caso sejam eleitos, teriam dificuldades de governar junto ao Congresso. O PT, afirma, ainda enfrenta muitas denúncias de corrupção e Bolsonaro teria dificuldades por apresentar uma pauta contra minorias.

“O candidato que conseguiria dar paz seria o Ciro Gomes. Apesar das pesquisas mostrarem o contrário, tem muita gente ainda pensando se não é melhor escolher o candidato do centro até doming, ao invés de ficar divido entre a esquerda e a direita”.

Propostas – Ciro Gomes, defende, quer fortalecer o trabalho da polícia militar em parceria com os estados, investindo em treinamento, custeio e inteligência. Kátia Abreu ainda afirmou que não quer “confronto entre policiais e bandidos de forma desorganizada”. A senadora afirma que a violência contra as mulheres é um dos focos da campanha de Ciro.

O candidato, defende, quer reduzir as taxas de feminicídio. Ela afirma que em muitos Estados as estatísticas não são claras. “Para um país ser desenvolvido precisa diminuir a violência contra as mulheres”, afirma. Ela ainda declarou que as mulheres precisam ter mais casa de apoio, que realizem acolhimento e ofereçam oportunidades de trabalho para as mulheres vítimas de violência.

SPC - A bandeira mais ventilada pelo candidato são as pessoas que tem o nome cadastrado no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Ela afirma que em todo país são 63 milhões com dívidas no cadastro, e em Mato Grosso do Sul, 44% da população adulta. Kátia afirma que a proposta não é “retirar o nome, mas sim facilitar o pagamento da dívida”.

Uma população que pode comprar, defendeu, aquece a economia do país, aumenta as vendas e faz com que as indústrias cresçam mais.

Kátia Abreu ainda ressaltou que em todas as pesquisas Ciro venceria Bolsonaro e Haddad no segundo turno. “Muitas pessoas estão definindo o voto por medo, ou medo do PT ou medo do Bolsonaro. As pessoas precisam saber que o Ciro é esse candidato”, defende.

Bancada Ruralista – Cerca de 300 deputados, representados principalmente pela bancada ruralista do Congresso, declararam apoio à Bolsonaro. Membro da bancada e defensora notória do agronegócio, Kátia Abreu afirmou que a bancada declarou o voto “de uma forma mais empurrada do que por convicções”.

Ela afirma que a bancada viu, em Bolsonaro, uma defesa mais intensa da propriedade privada. Para ela, no entanto, Ciro também defende a propriedade e o Estado de Direito. Ela afirma que a chapa quer uma solução negociável dos conflitos no campo, com indenização das terras para os fazendeiros, reforma agrária, além de evitar as invasões.

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