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Política

Moção de repúdio a sindicalista gera polêmica entre deputados

Alberto Dias e Leonardo Rocha | 06/07/2016 12:49

Deputados estaduais reagiram na manhã desta quarta-feira (6) ao vídeo que circula nas redes sociais e que mostra o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Magno Botareli, em manifesto contra a autora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT). Durante a sessão desta manhã, a deputada Mara Caseiro (PSDB) requeriu moção de repúdio a Botareli, por considerar "uma agressão e desrespeito inaceitáveis".

O vídeo revela manifestantes cercando a advogada Janaína Paschoal, em 29 de junho no aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, e gritando a frase: “Golpistas! Fascistas! Não passarão!”. Entre eles, aparece o presidente da Fetems. "Não se pode fazer manifestação contra uma mulher que está querendo acabar com a corrupção. Ela não pode ser desrespeitada e não podemos aceitar esse ato de agressão", disse a deputada, alegando já ter sido agredida verbalmente por conta da CPI do Cine, inclusive por Botareli.

Mara recolheu assinaturas e pede que a moção, a ser votada nesta quinta-feira (7), seja expedida em nome da casa de leis. Em apoio, assinaram os deputados Beto Pereira (PSDB), Flávio Kaiatt (PSDB), Coronel Davi (PSC), Marcio Fernandes (PMDB), Renato Câmara (PMDB) e Onevan de Matos (PSDB). Este último, justificou dizendo não ser concebível que um educador se coloque em situação de comportamento deplorável e reprovável. "Até para a democracia tem que ter respeito", disse o tucano.

Já os petistas Cabo Almi e Pedro Kemp defenderam Botareli, alegando se tratar de uma liderança sindical que defende os movimentos sociais. "Aos aos conservadores vale tudo, mas quando é para defender a democracia, não pode", reclamou Almi. "Me sinto indignado com esse pedido de moção, pois a manifestação é livre e faz parte da democracia", complementou Kemp, dizendo se tratar de provocação ao PT e Fetems. "Quando os coxinhas se manifestaram contra Dilma nós aceitamos", finalizou.

Procurado pela reportagem, Roberto Magno Botareli não atendeu aos telefonemas.

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