“O ministro sai, mas, e o dinheiro desviado, volta?” questiona Azambuja
O deputado federal Reinaldo Azambuja, vice-líder do PSDB na Câmara, questionou ontem se a saída do ministro do Esporte, Orlando Silva, pode trazer de volta aos cofres públicos recursos supostamente desviados da pasta. Para Reinaldo Azambuja, a julgar pelos escândalos e informações da Advogacia Geral da União, algo em torno de R$ 60 bilhões já teriam sido desviados.
“Durante nossa permanência em Brasília, dividimos nosso tempo entre a apresentação de projetos, a defesa dos interesses do nosso Estado e a busca por esclarecimentos sobre gestões corruptas do governo Dilma. É tempo, energia e dinheiro sendo gastos tentando limpar uma ‘Casa’ onde não temos visto outra coisa senão a demonstração clara de uma enorme falta de comando, traquejo e pulso para administrar”, critica o deputado.
“Cai mais um ministro e fica a minha pergunta: e o dinheiro desviado? A população, cansada de tanta barbárie, vai ver a cor desse dinheiro de novo? Ele um dia vai voltar em forma de investimento? Alguém vai ser punido?”, questiona Azambuja sobre o afastamento do quinto ministro por suposto envolvimento em atos ilícitos.
Ao comentar a saída do ministro, Azambuja disse que faltam ações enérgicas para assegurar a devolução dos recursos desviados. “É por isso que está cada vez mais difícil falar de política com as pessoas de bem. Tenho percorrido meu Estado e posso falar com tranqüilidade sobre o tamanho do descontentamento do povo com a classe política e volto a repetir, se a faxina, anunciada com tanta veemência tivesse saído do papel, hoje não estaríamos de novo perdendo tempo buscando mecanismos para recuperar outros tantos milhões, fruto do dinheiro suado do trabalhador, que vemos indo pelo ralo”, disse Reinaldo Azambuja.
(*) Com informações da assessoria de imprensa
