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Política

Reunião na Câmara avalia mudança para antiga Rodoviária

Comissão de comerciantes se reúne com presidente do Legislativo, Mário César; parceria poderia ser boa para os dois lados

Carlos Martins | 28/02/2013 13:44
Mário César discutiu com comerciantes possibilidade de ida do Legislativo para o prédio da antiga rodoviária. (Foto: Izaias Medeiros/Câmara Municipal)
Mário César discutiu com comerciantes possibilidade de ida do Legislativo para o prédio da antiga rodoviária. (Foto: Izaias Medeiros/Câmara Municipal)

Os boatos de que o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal PP), poderá desapropriar a antiga Rodoviária para abrigar a sede do Legislativo, levaram representantes dos lojistas a se reunirem nesta quinta-feira com o presidente da Câmara Municipal, vereador Mário César. A Câmara recebeu um prazo de seis meses para desocupar o imóvel conforme decisão da Justiça a respeito de uma ação de despejo por falta de pagamento dos aluguéis. Os proprietários dizem que não há necessidade de desapropriação, porque no local, denominado Centro Comercial Terminal do Oeste, há espaço para todos e eles querem ser parceiros dos vereadores.

O presidente Câmara sugeriu que os lojistas comparecem novamente à Câmara, para expor em plenário a situação. Depois disso, será formada uma comissão de vereadores para ir até o local verificar as condições. Márcio César garantiu que não existe objeção para o Legislativo se transferir. “Nunca fomos contra a ideia, apenas queremos ir de maneira digna, até para atender melhor a população. Podemos fazer uma parceria que cause um impacto positivo na região. Tudo depende do prefeito estar disposto a ajudar”, disse o presidente.

“Nós sabemos que os vereadores nunca foram contra, o que eles querem é seja feito um projeto que beneficie a todos, e eles estão certos. Queremos uma parceria para revitalizar o prédio e a região”, disse Rosane Nely Lima, que compareceu à reunião juntamente com Milton Luz Belo, Luiza Cury e o administrador do prédio, Antônio de Oliveira Souza. De um total de 25 mil metros quadrados de área construída, 9% pertencem ao município: a área dos antigos terminais e as salas no térreo e piso superior da Guarda Municipal. Segundo a comissão, pelo menos 5 mil metros quadrados poderiam ser adaptados para abrigar o Legislativo.

Segundo Rosane, das 215 salas comerciais, apenas 50 estão ocupadas e os boatos de que poderia haver uma desapropriação, prejudicam os 130 proprietários. “Estes boatos afastam as pessoas que poderiam alugar ou comprar alguma sala. Não tem necessidade de desapropriação, pois o espaço é suficiente. Nem queremos isso, porque estamos aqui há três anos sobrevivendo e gerando empregos. Só o condomínio emprega 9 pessoas e cada loja emprega de duas a três pessoas”, disse Rosane Nely Lima, que há 18 anos é proprietária de uma lanchonete no corredor central, onde vende comida caseira e salgadinhos.

Para o vereador Elizeu Dionízio, que também participou da reunião, chegou o momento de agir. “Por conduta do prefeito Alcides Bernal, as duas partes interessadas não foram chamadas para discutir possível mudança do Legislativo. Por isso, estamos nos antecipando para fazer os levantamos necessários e avaliar a real possibilidade da Câmara funcionar na antiga rodoviária”, concluiu.

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