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Política

Vereadores votam mudança em lei para que imóveis não percam isenção de IPTU

Moradores perdem benefício por causa de valorização no valor venal, que imóveis novos trazem aos bairros

Caroline Maldonado | 20/03/2022 10:55
No Bairro Santa Fé, Rua Zezé Flores tem casas de menor valor que contrastam com vizinhança de imóveis comerciais (Foto: Kisie Ainoã)
No Bairro Santa Fé, Rua Zezé Flores tem casas de menor valor que contrastam com vizinhança de imóveis comerciais (Foto: Kisie Ainoã)

Na terça-feira (22) os vereadores votarão projeto de lei que altera regras para isenção do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). A proposta do presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSDB), tramita desde junho do ano passado.

Atualmente, o valor venal, que é utilizado de base para decidir quem ganha ou não a isenção, pode aumentar quando são construídos prédios ao redor que valorizam o imóvel, como indústrias, shoppings e outros edifícios de comércio e serviços.

Com isso, pessoas de baixa renda com imóveis depreciados, ou seja, que perderam preço no mercado, acabam perdendo a isenção do imposto.

O projeto de lei 752/21 propõe que os requisitos externos não sejam incluídos na avaliação do valor venal destes beneficiários para que eles tenham o direito de isenção para sempre, enquanto se enquadrarem nos demais requisitos.

Para Carlão, da forma que está a lei não tem “justiça social” nos casos de imóveis que não têm melhorias, mas o entorno traz a valorização do valor venal. O vereador destaca ainda o caso de idosos que têm apenas um imóvel e muitas despesas com saúde em decorrência das doenças que a idade traz.

“Com este valor venal, levando em conta o investimento que a prefeitura vem fazendo constantemente em nossa cidade, a cada dia temos mais idosos e pessoas com doenças perdendo este direito que tanto os ajuda”, justifica o vereador no texto do projeto.

Previsto na pauta de discussão e votação da próxima sessão ordinária em turno único, o projeto precisa de votos favoráveis de 15 vereadores para ser aprovado. Caso, a maioria aprove, o projeto aguarda sanção ou veto do prefeito Marquinhos Trad (PSD).

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