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Direto das Ruas

Pecuarista é picado por cobra em fazenda no Pantanal

Caroline Maldonado | 09/09/2014 16:28
Pecuarista guarda o animal morto após picá-lo (Foto: Arquivo Pessoal/Paulenir de Barros)
Pecuarista guarda o animal morto após picá-lo (Foto: Arquivo Pessoal/Paulenir de Barros)

Uma cobra jararaca, de aproximadamente 60 centímetros, assustou a família do pecuarista Paulenir de Barros, 44 anos, que foi picado no último sábado (6), na Fazenda São Paulino, no Pantanal. A calma e o conhecimento sobre o assunto foram fundamentais para que ele aguardasse o socorro sem agravar a situação. Paulenir, que também é dono de uma pousada, enviou foto do animal morto ao Campo Grande News, aproveitando para alertar a população da região e turistas quanto a reação das vítimas em casos como esse.

“Eu senti um picada, pensei que era de marimbondo e dei um pulo. Quando o capataz disse que era cobra aí eu pensei 'agora fui né', mas mesmo assim mantive a calma, fui deitar e orientei o pessoal sobre o que fazer para conseguir o socorro”, disse.

O pecuarista contou que se deitou e fez o mínimo de movimento possível, já que essa é a recomendação dos médicos para que o veneno não circule com facilidade pelo corpo e os batimentos cardíacos não fiquem acelerados. Das 20h até por volta das 22h15, Paulenir esperou pelo táxi aéreo que levou um médico ao local e, com ele, a boa notícia. “Ele disse que eu não precisaria nem tomar soro talvez e não precisei, só fiquei em observação no hospital em Campo Grande”, relatou.

A explicação para não precisar do medicamento “só Deus sabe”, na opinião do pecuarista. Ele contou que tomou um remédio natural, chamado “Específico Pessoa”. “A gente não tem luz aqui, o transporte é difícil, tudo é complicado, então esse é um remédio nordestino que não é reconhecido pela medicina convencional, mas nós usamos. Também contei com a reza da minha mãe”, disse Paulenir, ao explicar que três doses podem ter ajudado após picada da cobra.

Seja “graças a Deus”, como disse o pecuarista, ao remédio natural ou a reza da mãe do pecuarista, o fato é que ele não precisou de soro e não teve sequelas com a picadura da jararaca. Na opinião dele, além da calma, ter uma pista na fazenda que pudesse trazer o médico durante a noite foi essencial. “Essa é a única pista aqui que serve para toda a região quando tem uma emergência, porque não tem nenhum investimento do Governo nesse sentido aqui e ainda tem uma proibição de pouso noturno com o recapeamento do aeroporto de Campo Grande, que quase me impediu de ir para a cidade”, reclamou.

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