Caminhada por demarcações sai de Anhandui rumo a Campo Grande

Jornada realizada pelos movimentos sociais de Mato Grosso do Sul, começou marcha hoje no distrito de Anhanduí, por volta das 6h da manhã, e pretendem chegar até Campo Grande, na quarta-feira à tarde. Eles estão protestando pela lentidão do governo federal em demarcar as terras indígenas no Estado.

O grupo iniciou a caminhada com 280 pessoas, entre 20 crianças, e já possuem 500 adeptos. Eles esperam chegar a Campo Grande com 1000 manifestantes. Hoje, já percorreram 20 km e resolveram acampar na BR-163, para somente amanhã, a partir das 6h reiniciar a caminhada.

“Os trabalhadores estão unidos em prol da demarcação aos povos indígenas”, destacou Tiliana Brito, que faz parte da coordenação do MST (Movimento Sem Terra) no Estado.

O coordenador estadual do MST, Jonas Carlos Conceição, destacou que assim que chegar à Capital, espera ser recebido por alguma autoridade pública.

Eles estão se revezando na segurança do acampamento e dispõem de um caminhão pipa, para higiene pessoais. A alimentação está sendo fornecida pelo distrito de Anhanduí.

Além do MST, a jornada conta com a participação do movimento indígena, MMC (Movimento das Mulheres Camponesas) e MCLRA (Movimento dos Camponeses de luta pela Reforma Agrária).

O grupo quer a demarcação das terras indígenas, titulação e demarcação dos territórios quilombolas, além de exigir a reforma agrária, que segundo o movimento, está totalmente parada no Estado.