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Capital

Projeto pretende reduzir em 7% acidentes graves em Campo Grande

Carlos Martins | 27/12/2010 15:16

Serão premiados já em 2011 motoristas que são exemplo de educação no trânsito.

 Projeto pretende reduzir em 7% acidentes graves em Campo Grande

Para diminuir o índice de acidentes de trânsito na capital, em 2011 a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) começará a colocar em prática vários programas de incentivo buscando conscientizar os motoristas.

Além da utilização dos equipamentos de fiscalização eletrônica, o poder público aposta na educação no trânsito para que nos próximos dois anos, as ocorrências de mortes e vítimas graves sejam reduzidas em pelo menos 7% ao ano.

Em janeiro deste ano, Campo Grande também passou a seguir orientação da Organização Mundial de Saúde que recomenda que sejam incluídas nas estatísticas oficiais o número de óbitos, em decorrência de acidentes de trânsito, as vítimas que são internadas em hospitais e morrem entre as primeiras 24h do acidente até 30 dias. Até então só eram computados os dados de pessoas que morriam no local.

Dados do Detran (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) mostram que este ano, de janeiro até o fim de novembro, foram registradas 54 mortes no perímetro urbano de Campo Grande. Em 2009, os acidentes no trânsito causaram 58 mortes.

Serão criados programas envolvendo escolas e as comunidades e que premiarão as melhores iniciativas. A região onde o trânsito é o mais seguro da cidade, o melhor taxista, o melhor mototaxista, o melhor transporte escolar, as pessoas que transitam de forma correta, com documentação em dia: “quem irá escolher será a própria comunidade.

"Que essas pessoas sejam reconhecidas e que sirvam de exemplo, para que isso se multiplique”, explica a técnica em Educação para o Trânsito Vera Matos que participa dos projetos na Divisão de Educação para o Trânsito da Agetran.

Em março deste ano a Agetran firmou uma parceria com a GRSP (Global Road Safety Partnership), uma ONG (Organização Não Governamental) sediada em Genebra, Suíça, para a realização de um estudo na capital sobre o trânsito.

Blitz e equipamentos continuam integrando ações no trânsito. (Simão Nogueira)
Blitz e equipamentos continuam integrando ações no trânsito. (Simão Nogueira)

O estudo abrange a análise do comportamento dos motoristas e tem o objetivo de trazer para Campo Grande experiências bem sucedidas em outras cidades que culminaram com a redução do número de acidentes com mortos. Em São José dos Campos (SP), por exemplo, em três anos o índice de acidentes com mortos e feridos graves caiu 63% e isso mesmo com o crescimento da população e do aumento de 50,7% de motocicletas.

O trabalho da ONG tem como meta identificar os pontos da cidade onde ocorrem mais acidentes com mortes e conscientizar a sociedade para que mude o comportamento. Um dos problemas detectados pelo consultor da GRSP José Cardita refere-se às vias largas na capital que, se por um lado favorece o fluxo rápido dos veículos, também faz com que os motoristas se excedam na velocidade.

A GRSP presta gratuitamente assessoria a cidades na elaboração de projetos visando à redução de acidentes e melhoria no trânsito. A ONG é mantida com recursos de montadoras e companhias petrolíferas.

De janeiro até o fim de novembro, foram registradas 54 mortes no perímetro urbano de Campo Grande. (João Garrigó)
De janeiro até o fim de novembro, foram registradas 54 mortes no perímetro urbano de Campo Grande. (João Garrigó)
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