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Meio Ambiente

Dona de fazenda onde havia caça de onça é multada em mais R$ 115 mil

Marta Ferreira | 23/05/2011 15:26

O Ibama aplicou mais uma multa à pecuarista Beatriz Rondon, proprietária da Fazenda Santa Sofia, onde, segundo investigações que vieram à tona este mês, eram feitas caçadas de onças e outros animais silvestres. São duas novas multas, no valor de R$ 115 mil, que se somam à anterior, de R$ 105 mil, totalizando R$ 220 mil.

Conforme o Ibama divulgou, as novas multas são por caça profissional, proibida no País, e por danos causados à unidade de conservação, localizada no Pantanal do Rio Negro.

A multa por caça profissional é de R$ 15 mil e a segunda, pelos danos à

unidade de conservação, é de R$ 100 mil. As punições são baseadas no decreto 6514, de julho de 2008, que trata das punições administrativas a infrações ao meio ambiente.

A decisão foi da Divisão de Proteção Ambiental do Ibama em Brasília.

Beatriz já havia sido multada em R$ 105 mil reais por caça ilegal e abate de animais ameaçados de extinção, logo após a operação Jaguar II, desencadeada pelo Ibama e pela Polícia Federal no dia 5 de maio.

Safari no Pantanal -Durante a operação, o Ibama e a Polícia Federal apreenderam na sede da Fazenda Santa Sofia, 2 crânios de onças, 16 galhadas de cervos do Pantanal e uma pele de sucuri de 3,5 metros.

Um vídeo enviado anonimamente à Polícia Federal retrata a matança de duas onças, uma parda e uma pintada por estrangeiros na fazenda de Beatriz e na presença dela.

A defesa da fazendeira alega que a gravação é antiga.A perícia, porém, indicou que os vídeos são de 2004 e portanto as irregularidades não prescreveram. Além disso, os restos de animais mortos apresentaram matéria orgânica, indicando morte recente.

Caraças e pele de animais foram apreendidos em fazenda da pecuarista Beatriz Rondon,multada em R$ 220 mil até agora. (Foto: Divulgação)
Caraças e pele de animais foram apreendidos em fazenda da pecuarista Beatriz Rondon,multada em R$ 220 mil até agora. (Foto: Divulgação)

As investigações da operação foram iniciadas há cerca de um ano, a partir de indícios encontrados pelo Ibama e pela Polícia Federal ao desarticular uma quadrilha especializada em realizar safáris de caças de onças para estrangeiros, com atuação em todo o Pantanal.

Na operação Jaguar I, foram presos em Sinop, no Mato Grosso, 10 pessoas, incluindo o homem apontado como chefe da quadrilha, Eliseu Sicoli, e decretada a prisão de Antonio Teodoro de Melo, o Tonho da Onça, mateiro especializado na caça de onças no pantanal. A prisão de Antonio Teodoro foi relaxada ainda no ano passado.

A investigação do Ibama e da Polícia Federal constatou a presença de Tonho da Onça também nas caçadas realizadas na Fazenda de Beatriz Rondon. O inquérito está em andamento na Polícia Federal de Corumbá.

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