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Cuidado, Senadora!

Por Valfrido M. Chaves (*) | 08/02/2013 10:05

A Senadora Kátia Abreu, também presidenta da CNA, talvez esteja caindo num logro, pois está vivendo a expectativa de ser nomeada Ministra da Agricultura e preocupada em manter, pois, boas relações com a presidenta Dilma.

Por conta disso, a expectante ministra tem se empenhado em acomodar manifestações como o fez na Feira de Cascavel quando a Presidenta expressou sua contrariedade quanto a quaisquer manifestações de produtores alusivas às ditas identificações de propriedades legítimas como “terras indígenas”.

Embora um então presidente da Funai já tenha dito que o PT nada faz contra a opinião pública, o nosso produtor rural, em áreas colonizadas com o empenho do Império e da República, não pôde manifestar-se porque contraria a Presidenta.

Enquanto isso, as invasões indígenas correm soltas, como hoje em Dois irmãos. Há alguns meses o mesmo se deu e estava presente numa reunião entre caciques, MPF, Famasul.

Um cacique da comunidade próxima à invasão denunciou que os invasores, sua liderança, não eram locais. São transportados à noite, de ônibus, pagos por quem? O Estado brasileiro não esclarece tais detalhes. Os que invadem, são “guerreiros”.

Se alguém defende sua propriedade, são “jagunços”. O invasor, para setores do Estado, é quem comprou, pagou, produziu por décadas, recolheu impostos, defendeu fronteiras, produz alimento para o mundo todo. Por último, não está podendo gritar e ganhar o apoio da opinião pública.

O que está acontecendo hoje em nossas fronteiras, leitor, tem claramente um norteamento ideológico: impactar todos os princípios que sustentam a propriedade privada e, também, o conceito de Nação.

Isso se vê no empenho do indigenismo estatal em afastar nosso índio da sociedade, tanto através do conflito, com o qual parece tolerante, quanto da manutenção de condições de vida degradantes e das “áreas contínuas” nas fronteiras.

Uma hábil manipulação impede que índios e proprietários se unam para exigir do governo e do Estado brasileiro o cumprimento de suas responsabilidades com ambos.

Aqueles que hoje estão confiando no norteamento da Funai, lembrem-se de duas coisas: primeiro, nunca se afastaram um só passo deste objetivo: expandir aldeias sobre propriedades particulares, sem indenização.

Segundo: para a ideologia norteadora da destruição da propriedade privada, não existe verdade, não existe mentira. Existe o objetivo, e a “práxis” da promoção do conflito, a invasão, o engano, a mentira e um melzinho na boca de um ou de outro, quando convém. Como dizem eles: “pour épater lês burjois”.

Para enganar os burgueses. Por tudo isso, “cuidado, Senadora,”, pois, até hoje nossa Presidenta não expressou contrariedade com as invasões indígenas, seus financiamentos e manipulações. Nossas fronteiras não podem ser moeda de troca no jogo do poder.

(*) Valfrido M. Chaves é psicanalista e escritor.

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